Zimbábue acusa outro americano de caçar leão de forma ilegal

  • Por Agencia EFE
  • 02/08/2015 13h59
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Harare, 2 ago (EFE).- As autoridades do Zimbábue acusaram neste domingo outro cidadão americano de caçar de forma ilegal um leão, meses antes de um compatriota matar Cecil, o felino mais popular do país.

Jan Casmir Sieski, da Pensilvânia, é acusado de ter participado da caça ilegal de um leão em abril, informou a Autoridade dos Parques e Vida Selvagem do Zimbábue (ZPWMA, sigla em inglês).

O Zimbábue prendeu um cidadão do próprio país, Headman Sibanda, acusado de comandar a caça ilegal na qual morreu o segundo felino no dia 2 de julho, conforme informou ZPWMA.

“Foi preso Headman Sibanda, acusado de violar as regulações de caça, ao caçar sem permissão em sua fazenda – Railway Farm 31 -. Também é o dono de Nyala Safaris, que organizou a caça”, disse o órgão em comunicado.

Após a polêmica desencadeada pela morte de Cecil, ontem foi dito que seu irmão, Jericho, também havia sido abatido, mas essa informação foi desmentida neste domingo por um grupo de proteção dos animais.

O organismo que regula os parques naturais no Zimbábue começou a investigar este novo caso de caça ilegal após saber que um dos felinos mais conhecidos do país tinha sido abatido por um dentista americano, que pagou cerca de US$ 50 mil por participar de uma caça ilegal.

O americano Walter James Palmer admitiu que matou Cecil em uma caça noturna organizada no dia 1º de julho no Parque Nacional de Hwange. No entanto, afirmou ter agido convencido de que a caça da qual participou era legal e que contava com “todas as permissões” necessárias.

O leão Cecil, de 13 anos de idade, foi atraído com uma presa amarrada a um veículo como isca para abatê-lo fora do parque, de modo que a caça já não seria tecnicamente ilegal, segundo a Força Especial para a Conservação do Zimbábue (ZCTF, em inglês).

“Que eu saiba, tudo relacionado à viagem foi legal e adequadamente administrado e conduzido”, disse Palmer, dentista de profissão e morador do estado americano de Minnesota.

O governo do Zimbábue solicitou aos Estados Unidos a extradição de Palmer, cuja caça foi descoberta quando já tinha abandonado o país africano. EFE

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