Zimbábue investiga caça ilegal de segundo leão após Cecil

  • Por Agencia EFE
  • 02/08/2015 08h56
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Harare, 2 ago (EFE).- As autoridades do Zimbábue investigam um segundo caso de caça ilegal de leão que teria ocorrido em julho, assim como o de Cecil, o leão mais popular do país, informaram fontes governamentais neste domingo.

O órgão regulador dos parques naturais do Zimbábue (ZPWMA, sigla em inglês) investiga outro possível caso de caça ilegal após a polêmica gerada pelo caso de Cecil, caçado por um dentista americano que pagou US$ 55 mil por matar o felino, segundo informou a imprensa local.

O caçador, cuja nacionalidade não foi revelada, teria matado esse segundo leão no dia 2 de julho, poucos dias antes de Cecil ser abatido.

Esse segundo felino, também assassinado nos arredores do Parque Nacional de Hwange, no oeste do país, não é o irmão do famoso leão, chamado Jericho, como divulgado em parte imprensa na noite de ontem.

A Força Especial para a Conservação do Zimbábue (ZCTF, em inglês) chegou a afirmar que Jericho havia sido caçado, mas a fundação Bhejane Trust, que trabalha nesta reserva, a maior do país, desmentiu a informação pouco depois.

A organização garantiu neste domingo que um de seus pesquisadores tinha confirmado que Jericho continuava vivo no fim da noite de sábado.

Embora as autoridades do Zimbábue ainda não tenham confirmado a morte de outro leão em julho, admitiram que foi detido outro acusado de cometer um segundo caso de caça ilegal.

“A Polícia está investigando todos os casos que foram denunciados e deteve outro acusado, Headman Sibanda, por supostamente violar as regulamentações de caça”, informou em comunicado o diretor da autoridade que regula os parques naturais, Edison Chidziya.

A indignação gerada pela morte de Cecil entre grupos defensores dos animais e o público internacional levou as autoridades de conservação e outras agências governamentais do Zimbábue a iniciarem uma campanha para impedir a caça ilegal.

O americano Walter James Palmer admitiu que matou Cecil em uma caça noturna organizada no dia 6 de julho no Parque Nacional de Hwange. Palmer, no entanto, afirmou ter agido convencido de que a caçada da qual participou era legal e que contava com “todas as permissões” necessárias.

O leão Cecil, de 13 anos de idade, foi atraído com uma presa amarrada a um veículo como isca para abatê-lo fora do parque, de modo que já não seria tecnicamente ilegal caçá-lo, segundo a Força Especial para a Conservação do Zimbábue (ZCTF, em inglês).

“Que eu saiba, tudo relacionado à viagem foi legal e adequadamente administrado e conduzido”, disse Palmer, dentista de profissão e morador do estado americano de Minnesota.

O governo do Zimbábue pediu aos EUA a extradição de Palmer, cuja caça foi descoberta quando o americano já tinha saído do país africano. EFE

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