Zona do euro aprova iniciar negociações de terceiro resgate a Grécia

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 16h06

Bruxelas, 17 jul (EFE).- O Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), integrado pelos ministros de Economia e Finanças da zona do euro, aprovou nesta sexta-feira iniciar as negociações para conceder à Grécia um terceiro resgate.

Esta decisão foi tomada depois de o parlamento da Grécia aprovar as várias medidas exigidas como pré-condições pela zona do euro e depois de vários parlamentos nacionais, entre eles o da Alemanha e da Finlândia, tenham dado seu aval ao processo.

Isso permitirá começar as discussões sobre o montante, os detalhes e as condições desse terceiro resgate.

“A conferência dos Governadores do MEE terminou. As decisões oficiais são iminentes. Viramos uma página e caminhamos para frente”, afirmou o ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, no Twitter.

Fontes europeias explicaram à Agência Efe que a decisão dos governadores representa na prática a abertura das negociações, mas ressaltaram que isto não indica que vão terminar em um sentido ou em outro.

Agora deverá ser fechado um Acordo de Facilidade de Assistência Financeira que detalhará os termos do empréstimo e um Memorando de Entendimento com as condições, um processo delicado que pode levar várias semanas e durar até meados de agosto.

O diretor-gerente do MEE, Klaus Regling, lembrou que a entidade tem capacidade de empréstimo restante de 455 bilhões de euros, do qual “só uma pequena parte será necessária” para este terceiro resgate à Grécia.

Recentemente, o diretor-gerente do fundo de resgate permanente da zona do euro avançou que poderia fornecer 50 bilhões de eurod dos até 85 bilhões que se estimam necessários para o terceiro resgate à Grécia, uma quantidade que poderia elevar-se perante a degradação da economia helena.

A decisão de hoje foi tomada depois de o governo grego levar ao parlamento uma série de reformas exigidas pelos sócios para iniciar as negociações, que foram aprovadas por uma “muito grande maioria”, recalcou Regling.

“Isto aplainou o caminho para a decisão de hoje de, em princípio, iniciar as negociações sobre um novo programa em benefício da Grécia”, disse Regling em comunicado.

“Quero ressaltar que, graças à aplicação de reformas, a Grécia tinha começado a crescer de novo em 2014, o desemprego tinha começado a cair e o país tinha recuperado acesso aos mercados”, destacou.

Assim que as negociações forem iniciadas e os definidos termos do resgate, o Conselho de Governadores do MEE deverá voltar a tomar uma decisão a respeito, que precisará de novo ser referendada por vários parlamentos nacionais. EFE

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