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2015 tem sido constrangedor para profissionais de pesquisas eleitorais

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Foi mais uma semana em que os institutos de pesquisas eleitorais no mundo não receberam muitos votos de confiança. As firmas turcas entraram na contra-mão da realidade eleitoral. Ao contrário de suas projeções, o partido governista do presidente Recep Erdogan teve uma vitória espetacular nas eleições parlamentares, reconquistando a maioria. E aqui nos EUA foi o erro para projetar a derrota do candidato republicano na eleição para governador no estado de Kentucky. Ele venceu.

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Na verdade, o ano de 2015 tem sido constrangedor para os profissionais de pesquisas eleitorais. Em março, de forma maciça, as pesquisas em Israel projetaram a derrota do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Sua coalizão venceu. Depois foi em maio nas eleições britânicas. Em Londres, o conservador David Cameron continua na chefia do governo. Isto não foi previsto nas pesquisas.

No caso grego, foi erro duplo. Primeiro em julho no referendo sobre austeridade convocado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras e em seguida em setembro nas eleições parlamentares. Tsipras reverteu as expectativas. Em outubro, foi a vez dos liberais do agora primeiro-ministro canadense Justin Trudeau surpreender. E na Argentina a votação do oposicionista Mauricio Macri foi acima das expectativas no primeiro turno das eleições presidenciais. Macri agora desponta como favorito no segundo turno no próximo dia 22.

Não chega a surpreender que o instituto patriarca de pesquisas eleitorais, o Gallup, tenha decidido não investir nas primárias presidenciais nos Estados Unidos em 2016. O Gallup já tivera um desempenho constrangedor no ciclo eleitoral de 2012.

Nate Silver, fundador do site FiveThirtyEight e conhecido como o oráculo eleitoral por seus acertos nas votações americanas em 2008, 2010 e 2012, não se mostrou infalível com suas projeções sobre o pleito britânico de maio passado. Ele observa que está ficando cada vez mais difícil fazer pesquisa eleitoral.

A tarefa de contatar eleitores está mais árdua, especialmente com telefones fixos. Pesquisas online são cada vez mais comuns, mas sua amostragens são mais questionáveis. E nos Estados Unidos, é mais frequente a mentalidade de boiada, com institutos segurando seus resultados quando eles diferem dos das outras pesquisas, assim criando um falso consenso sobre uma corrida eleitoral.

Podemos projetar tempos difíceis para a indústria de pesquisas eleitorais ou será que estou errrado?

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