“Arquivo X” pode mostrar como se construiu império de Eike Batista

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2016 09h11
Montagem/Câmara dos Deputados e JP Eike bAtista

Eike Batista teve ascensão meteórica nos negócios e chegou a ambicionar o posto de homem mais rico do mundo. Mas seu império ruiu e, pior que isso, ele caiu sob a lupa da Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a 34a. fase da investigação, a Arquivo X, dedicada a apurar desvios nos contratos das empresas de Eike com a Petrobras. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi um dos alvos da ação da polícia, e foi conduzido em prisão temporária. 

“Eike fez doações, fez festas, tudo com dinheiro nosso”, diz o comentarista político da Jovem Pan Marco Antonio Villa. “Eike contratou muitos nomes que vieram da Petrobras e agora será a grande ocasião para sabermos como se construiu o seu império.” 

Assista ao comentário completo:

Ordens judiciais

A “Arquivo X” apura práticas de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro. 

As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão temporária e 08 mandados de condução coercitiva.

Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as determinações judiciais em cidades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Arquivo X

A 34ª fase investiga a contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (p-67 e P70) para exploração de petróleo no pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloading.

Segundo a Polícia Federal, as empresas associaram-se na forma de consórcio para obtenção de contratos de construção das duas plataformas, mesmo que sem experiência, estrutura ou preparo. A associação ocorreu por meio de fraude do processo de licitação, corrupção de agentes públicos e repasse de recursos a agentes e partidos políticos, que eram responsáveis por indicações de cargos importantes da estatal.

O “X”, segundo a PF, faz referência ao grupo empresarial de Eike Batista, que tem como marca a repetição da letra em nomes de pessoas jurídicas integrantes do conglomerado.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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