Pandemia deteriora saúde mental nas Américas e deixa claro que assunto não pode mais ser negligenciado

Pesquisa no Brasil encontrou taxas de prevalência de depressão de até 61%; problema afeta sobretudo pacientes com condições pré-existentes, profissionais de saúde e quem vive em condições vulneráveis

  • Por Camila Magalhães
  • 09/12/2021 19h56
DCStudio - br.freepik.com Perto de um homem chorando por causa de problemas de saúde mental em uma reunião de terapia. adulto desesperado pedindo ajuda e conselho para curar o vício em álcool Estudos mostram altas taxas de depressão e ansiedade nos países das Américas do Norte, Central e do Sul

A pandemia Covid-19 está causando um grande impacto na saúde mental das populações das Américas, que compreende a América do Norte, Central e do Sul, além de regiões do Caribe. Estudos mostram altas taxas de depressão e ansiedade, entre outros sintomas psicológicos, especialmente entre mulheres, jovens, pessoas com problemas de saúde mental pré-existentes, profissionais de saúde e pessoas que vivem em condições vulneráveis. O primeiro caso de Covid-19 nas Américas foi confirmado em 20 de janeiro de 2020. Em setembro de 2021, havia mais de 82 milhões de casos e mais de 2 milhões de mortes relacionadas na região.

  1. A saúde mental é uma área gravemente negligenciada na saúde pública, e o fracasso em priorizá-la antes da pandemia impediu respostas adequadas às atuais necessidades.
  2. Nos Estados Unidos, as taxas de ansiedade e depressão chegaram a 37% e 30%, respectivamente, no final de 2020, em comparação com frequências pré-pandêmicas de 8,1% para sintomas de transtorno de ansiedade e 6,5% para sintomas de transtorno depressivo em 2019. Da mesma forma, a proporção de canadenses relatando altos níveis de ansiedade quadruplicou e a depressão dobrou, com taxas de pico de 28% e 17%, respectivamente, em maio de 2021.
  3. No Peru, a prevalência de sintomas depressivos durante o bloqueio nacional do país, em maio de 2020, foi cinco vezes maior do que anteriormente relatado em nível nacional em 2018. Na Argentina, os habitantes mostraram ansiedade substancial e sintomas depressivos, com 33% e 23% dos participantes relatando possíveis síndromes depressivas e de ansiedade.
  4. Uma pesquisa nacional no Brasil encontrou taxas de prevalência de depressão e ansiedade de até 61% e 44%, respectivamente.

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