Exclusivo: Bolsonaro vai repetir estratégia em depoimento sobre 8 de Janeiro

Ele estará acompanhado dos advogados Marcelo Bessa e Paulo Bueno, e do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten; Bolsonaro é suspeito de ser o autor intelectual dos protestos contra a eleição de Lula e que resultaram na invasão às sedes dos Três Poderes

  • Por Claudio Dantas
  • 21/04/2023 10h32 - Atualizado em 21/04/2023 11h05
FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO O ex-presidente Jair Bolsonaro acena de uma janela na sede do PL, no centro de Brasília, na manhã desta quinta-feira, 30 O ex-presidente Jair Bolsonaro acena de uma janela na sede do PL, no centro de Brasília, na manhã desta quinta-feira, 30

Jair Bolsonaro vai depor à Polícia Federal na próxima quarta-feira 26, às 9h, no âmbito do inquérito do 8 de janeiro conduzido por Alexandre de Moraes. A Jovem Pan apurou que o ex-presidente vai repetir a estratégia usada na oitiva do caso das joias sauditas, alinhando a defesa técnica com a comunicação. Ele estará acompanhado dos advogados Marcelo Bessa e Paulo Bueno, e do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, que também é advogado. Ao tomar a decisão, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e deu prazo de 10 dias para a realização da audiência.

Bolsonaro é suspeito de ser o autor intelectual dos protestos contra a eleição de Lula e que resultaram na invasão às sedes dos Três Poderes. Ele será questionado sobre as falas e postagens contra o sistema eleitoral, a recusa em aceitar oficialmente a vitória do petista e o silêncio em relação ao acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília.

A PF também vai questioná-lo sobre a ‘minuta de golpe’ encontrada na casa de Anderson Torres e se deu ordem para seu então ministro atuar com a Polícia Rodoviária Federal para dificultar o acesso de eleitores do Nordeste a locais de votação. Ontem, Moraes recusou pedido de liberdade da defesa de Torres, que permanece em prisão preventiva há mais de três meses, suspeito de conspirar para o 8 de janeiro. O ministro alegou que o ex-secretário de Segurança Pública do DF demorou a entregar as senhas da nuvem de seu celular e email, e que novos depoimentos reforçariam a necessidade de manter sua prisão — embora não mencione quem seriam as testemunhas e acusações feitas.

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