Servidores da Caixa tentam segurar presidente, que entrou na mira do Centrão

Nome que vem sendo considerado para o lugar da atual presidente da Caixa é o de Gilberto Occhi, que já presidiu a instituição nos governos Dilma e Temer; ele tem o apoio de Arthur Lira, mas Ciro Nogueira resiste

  • Por Claudio Dantas
  • 13/07/2023 12h03 - Atualizado em 13/07/2023 12h51
Reprodução/ Washington Costa do Ministério da Fazenda Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, ao lado de Fernando Haddad

Várias associações de funcionários da Caixa assinam hoje uma nota pública conjunta de apoio a Maria Rita Serrano, que preside o banco e entrou na mira do Centrão. No texto, as entidades manifestam apoio e elogiam as “ações de fortalecimento que vêm sendo empreendidas pela atual gestão, especialmente no que diz respeito à melhoria do clima organizacional”. “A capacidade de a empresa dar as respostas e prestar os serviços, cada vez mais, demandados pela sociedade brasileira, requer estabilidade e continuidade de projetos estratégicos de médio e longo prazo, o que contribui decisivamente com os resultados e a qualidade dos serviços prestados”, diz a nota, que também fala em preocupação com a exposição do banco “a interesses sem compromisso com a empresa e com o povo brasileiro”.

Trata-se de um recado claro a Lula, que considerou trocar a gestora no âmbito das negociações para aprovação da reforma tributária e do PL do Carf. A avaliação no Palácio do Planalto é de que Serrano faz uma gestão para dentro e não teria ainda compreendido o papel político do banco. Agora à tarde, ela participa de evento de sanção do decreto do novo Minha Casa, Minha Vida. “Ela não faz nada e não deixa ninguém fazer”, diz uma liderança do Centrão. O nome que vem sendo considerado para o lugar de Serrano é o de Gilberto Occhi, que já presidiu a instituição nos governos Dilma e Temer. Occhi tem o apoio de Arthur Lira, embora Ciro Nogueira diga que o PP não vai integrar o governo Lula para “não magoar” Jair Bolsonaro. “Enquanto eu for presidente do Progressita será oposição”, diz.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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