Urgente: todos os alvos da Operação Venire

Operação deflagrada por Alexandre de Moraes apreendeu celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro e da mulher Michelle Bolsonaro, que devem prestar depoimento nesta quarta-feira à PF

  • Por Claudio Dantas
  • 03/05/2023 09h54 - Atualizado em 03/05/2023 11h11
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro e Mauro Cid Foto de arquivo de 24/02/2021 do então presidente Jair Bolsonaro acompanhado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo

A Jovem Pan obteve os nomes de todos os alvos da Operação Venire, que investiga fraude em certificados de vacinação. Como registramos mais cedo, a Polícia Federal cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, além de 6 de prisão preventiva (4 em Brasília e 2 no Rio), sendo três contra ex-assessores de Jair Bolsonaro. A investigação corre no âmbito do inquérito que apura a atuação de milícias digitais contra o Estado Democrático de Direito, sob condução do ministro do STF Alexandre de Moraes. A suspeita é que cartões de vacinação tenham sido forjados.

Os investigados são: o ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa Michelle Bolsonaro; o ex-ajudante de Ordens Mauro Barbosa Cid e sua esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid; o sargento Luis Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid; os seguranças Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro; o assessor especial Marcelo Costa Câmara; o sargento Eduardo Crespo Alves; o médico Farley Vinicius Alcântara e a enfermeira Camila Gonçalves Moraes Barros (da Prefeitura de Duque de Caxias) e o marido Ailton Gonçalves Moraes Barros (candidato a deputado estadual pelo PL-RJ); o secretário de governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha; o deputado federal Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ); o ex-vereador Marcello Moraes Siciliano; a servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues Da Silva, chefe da Divisão de Informática da Prefeitura de Duque de Caxias; o empresário de área de informática Marcelo Fernandes de Holanda.

Em conversa com a imprensa há pouco, Bolsonaro negou as acusações e reiterou que não tomou as vacinas contra a Covid-19. Ele também confirmou ter entregue seu celular à PF e disse que o aparelho não tem senha de bloqueio. A investigação, incluída no inquérito das milícias digitais, foi aberta no fim do governo Bolsonaro por iniciativa do ex-ministro Wagner Rosário, da CGU, diante de suspeitas de manipulação do cartão de vacinação do ex-presidente.

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