A Inteligência Artificial e a LGPD em destaque no CNPPD 2024

Durante dois dias de intensas discussões, o evento abordou uma ampla gama de tópicos cruciais, fornecendo uma visão abrangente dos principais desafios enfrentados pelo setor

  • Por Davis Alves
  • 07/04/2024 09h03 - Atualizado em 10/04/2024 15h00
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Freepik Pessoas olham para um computador no trabalho Especialistas, profissionais e entusiastas do campo puderam explorar os avanços e desafios na segurança cibernética e privacidade

O Congresso Nacional de Profissionais de Privacidade de Dados (CNPPD) de 2024, ocorrido em março de 2024, na UNIP campus norte, organizado pela Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados (APDADOS), marcou um evento notável que reuniu especialistas, profissionais e entusiastas do campo para explorar os avanços e desafios na segurança cibernética e privacidade, especialmente à luz do crescimento da inteligência artificial (IA) e outras tecnologias emergentes. Durante dois dias de intensas discussões, o evento abordou uma ampla gama de tópicos cruciais, fornecendo uma visão abrangente dos principais desafios enfrentados pelo setor. Abaixo, destacamos os pontos essenciais discutidos durante o CNPPD 2024 para que toda a sociedade brasileira saiba das tendências do uso da Inteligência Artificial e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que estarão em alta em 2024. Confira:

1. Inovações Tecnológicas Frente aos Desafios Éticos: As inovações como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) estão definindo novos paradigmas para a segurança e privacidade. A importância de alinhar essas tecnologias emergentes com os processos organizacionais e a conformidade legal está mais evidente do que nunca, sublinhando um futuro em que a tecnologia e a ética caminham juntas. Dra. Silvia Brunelli, Diretora de relações governamentais e Dr. Davis Alves, Presidente da APDADOS compartilham desta visão.

2. IA Transformando a Análise de Riscos: O uso otimista da IA na análise de riscos e na resposta rápida aos titulares de dados demonstra um avanço significativo na eficiência operacional. Exemplos concretos mostram que a IA não é apenas uma ferramenta de automação, mas um colaborador essencial para a produtividade e segurança das empresas. João Gonçalves, CEO da Protegon, destacou essas inovações.

3. O Equilíbrio Ético na IA: A utilização da IA levanta questões éticas significativas, especialmente no que diz respeito à privacidade. Encontrar o equilíbrio entre a utilidade da IA e a proteção de dados pessoais torna-se um dilema central. Giovana Shimabukuro, da Forcepoint, abordou essas preocupações críticas.

4. Gamificação na Educação de Cibersegurança: A introdução de técnicas de gamificação na conscientização sobre cibersegurança propõe uma abordagem inovadora e eficaz. Tornar o aprendizado sobre segurança digital mais interativo e envolvente é essencial em um mundo cada vez mais conectado. Vinicius Perallis, CEO da Hacker Rangers, destacou os benefícios dessa estratégia.

5. Compliance e IA: A construção de algoritmos de IA com transparência e conformidade legal é vital. A necessidade de relatórios de impacto para avaliar riscos associados enfatiza a importância da ética no desenvolvimento tecnológico. Prof. Marcilio Braz, CEO da Privacy Academy, enfatiza esses pontos.

6. LGPD e a Proteção de Dados no Brasil: A LGPD é reforçada pela importância do PNCiber, enfatizando a necessidade de proteção robusta de dados no Brasil. A preocupação com ataques cibernéticos globais evidencia a relevância de uma segurança de informação sólida. Dr. Davis Alves, Presidente da APDADOS, alertou para essas questões.

7. Discurso e Prática em Alinhamento: A coesão entre o que é dito e o que é feito é crucial para o sucesso da educação em cibersegurança. Paulo Emerson Vice-diretor do Comitê Público da APDADOS e Juliana mostraram como a gamificação pode desempenhar um papel crucial nesse aspecto.

8. IA e a LGPD: A adequação à LGPD traz desafios, mas também destaca o papel transformador da IA na automação de processos e proteção dos direitos dos titulares de dados. Experiências compartilhadas por Marcio Guerra e Max Madsen, representantes da MD2 Data Knowledge.

9. IA sob Perspectiva Global: A regulamentação global da IA e a aderência aos princípios ESG foi abordado por Paulo Perrotti, ex-Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, evidenciando uma abordagem cuidadosa e responsável em relação à tecnologia.

10. Adaptação ao Mercado e LGPD Lite: A constante evolução do mercado exige preparação e adaptabilidade das organizações, uma visão compartilhada por Anderson Oliveira, que também apresentou a ferramenta LGPD Lite como um facilitador para a conformidade.

11. Privacidade e Governança Estratégica: José Lopes, Diretor do Comitê de Segurança da APDADOS, forneceu insights sobre estratégias eficazes de privacidade e governança, sublinhando a importância de entender processos e riscos. Além disso, no mundo atual e tecnológico que vivemos, é possível entender também como os softwares podem utilizar as IA’s, foi o que salientou o José Luiz, CEO da Harpy Data Privacy. Nesse mesmo aspecto, muitas empresas já estão utilizando também as IA’S para aperfeiçoar os seus departamentos de TI que sempre se valeram de práticas internacionais para gestão de serviços como a ITIL; é que destaca Cesar Monteiro, CEO da IT Partners.

12. Microsoft e a Política de IA: A implementação de programas de adequação eficazes é crucial na era digital, como demonstrado pela política de IA e LGPD 365, discutida por Juarez Lopes Fortes da LGPD 365.

13. Desafios e Avanços em Segurança Cibernética: O Tenente Marcelo Marcon e outros especialistas destacaram os avanços e desafios enfrentados na segurança cibernética, ressaltando a conformidade legal e a preparação para ameaças.

14. Privacidade, IA e Engenharia de Privacidade: O cruzamento entre IA e engenharia de privacidade apresenta desafios únicos, como consentimento informado em aplicações de IA, abordados pelo Dr. Jose Antônio Milagre.

15. Regulamentando a IA: A necessidade de regulamentações claras e responsáveis no uso da IA foi discutida por Renan Cesco, CEO da Baikal Security, enquanto Anderson Palácio, CEO da Guru LGPD apresentou a ISO 42.001 -Sistema de Gestão de Inteligência Artificial como uma medida para avaliar riscos em aplicações de IA. Em um painel apresentado pelo Diretor da APDADOS, Thiago Rosa.

16. Preparando para o Futuro da Segurança Cibernética: Jeferson D’Addario, CEO do grupo Daryus, falou sobre a importância da preparação proativa e colaborativa frente aos desafios futuros em segurança cibernética, uma visão compartilhada nos painéis sobre capacitação e desafios profissionais.

17. IA: A Vanguarda na Guerra Contra o Cibercrime: Fernando Correa, CEO da Security First ressalta um tema de crescente importância no cenário atual de segurança digital. A inteligência artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta vital no combate ao cibercrime, oferecendo soluções inovadoras para detectar, prevenir e responder a ameaças digitais de forma mais eficaz e em tempo real.

18. LGPD sendo referência para outros países: A LGPD, seno umas das Leis mais técnicas e atuais do mundo em relação a Segurança da Informação, também tem se destacado como referência para a atualização de leis equivalentes de outros países, é o caso da Província de Québec, no Canadá, que tem trabalhado para a recente Lei Nº 25/2022, que trata da proteção de informações pessoais dos cidadãos do Québec, tendo inspiração no GDPR, se assemelhando na LGPD; é o que afirma a DPO da Província do Québec, Alícia Hamassaki. Da mesma forma, a Argentina também tem se preocupado com o tema e muitos profissionais estão buscando a referência na lei brasileira para adaptação das empresas na Argentina e América Latina; é o que afirmam os especialistas Facundo Peltzer e Daniel Monastersky, Coordenador e Diretor respectivamente do Centro de Estudos em Cibersegurança e Proteção de Dados da Universidade CEMA, em Buenos Aires.

19. Oportunidade para estudantes ingressarem no mercado de tecnologia: Em 2024 é de extrema importância promover a inserção dos profissionais ao contexto de estudos da LGPD e Cibersegurança, além de também promover o conhecimento tanto para alunos que estão à procura de especialização no tema quanto para profissionais que atuam em áreas impactadas indiretamente pela lei e estão em transição de carreira. Por causa disso, sob a Diretoria do Prof. Me. Rene Ignácio, a APDADOS conta a partir de agora com o Comitê de Startech para iniciar os novos profissionais na área de tecnologia.

20. LGPD e Cibersegurança entre os executivos: Indo para 4 anos de LGPD, muitas empresas já contam com iniciativas de proteção de dados e perceberam diferenciais competitivos quando se investem em LGPD e áreas correlacionadas como a Segurança Cibernética; é o que apontou o executivo Ronaldo Andrade, CISO da Horiens, e ainda complementou que além da competitividade, aperfeiçoar essas áreas também é demonstrar que as empresas se preocupam diretamente com a proteção do cliente final e dos colaboradores, que frequentemente se deparam com ataques de “Phishing” – páginas clonadas de internet, e “Ramsomwares” – sequestros de dados; sendo esses um dos mais preocupantes para 2024.

21. IA e Segurança da Informação nas Universidades: Indo além do mundo corporativo, as universidades também demonstram que não estão apenas evoluindo as pesquisas em Inteligência Artificial (IA), mas também estão aplicando a proteção de dados e segurança da informação em suas estruturas internas, é o que salienta a especialista Profa Dra Elizangela Mônaco, Gerente de TI e Segurança da Informação da Universidade Paulista. Outro ponto curioso, é que o tema da Inteligência Artificial não é nenhuma novidade entre os cientistas. Existem pesquisas científicas desde os anos 2000 e publicações desde meados de 1960 sobre como as máquinas podem aperfeiçoar trabalhos humanos, entretanto, não é necessárias as pessoas ficarem preocupadas com substituição por máquinas, pois essas não podem reproduzir as emoções – que são necessárias para a maioria das profissões, sendo essas exclusivas aos seres humanos; é o que salienta o Prof. Dr. Luiz Lima, cientista pesquisador em Inteligência Artificial e Diretor do Comitê Científico da APDADOS.

As apresentações do CNPPD 2024 ressaltaram a importância crescente da conformidade legal, da conscientização sobre cibersegurança, e do papel crucial da IA na proteção de dados, evidenciando um caminho colaborativo e proativo para enfrentar os desafios do setor. Saber dessas tendências é um diferencial competitivo tanto para as pessoas comuns, estudantes, como também para empresários prepararem suas empresas para o “mundo artificial” de agora em diante – é o que conclui o Prof. Me. António Andrade, Representante da APDADOS/SP.

LEMBRE-SE!
“A Inteligência Artificial só vai substituir quem não dominá-la!”

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*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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