Com recompensa de R$ 270 mil, EUA continuam caçada por suspeito de tiroteio na Universidade Brown
Polícia divulgou imagens de câmeras, mas ainda não identificou o suspeito. FBI agora oferece recompensa de até R$ 270 mil por informações
As autoridades dos Estados Unidos mantêm uma operação de grande escala para localizar o suspeito de um tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, em Providence, no estado de Rhode Island, que deixou duas pessoas mortas e nove feridas no sábado (13). O ataque aconteceu no prédio de Engenharia Barus & Holley, durante um período de intensa movimentação de estudantes que se preparavam para os exames finais do semestre.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) anunciou uma recompensa de até US$ 50 mil, o equivalente a cerca de R$ 270 mil, por informações que levem à identificação, prisão e condenação do atirador. Em nota, o FBI afirmou: “O suspeito continuado foragido deve ser considerado armado e perigoso. Solicitamos que qualquer pessoa com informações forneça essas informações imediatamente por meio dos canais oficiais.”
Segundo a polícia de Providence, o tiroteio ocorreu por volta das 16h05 (horário local), provocando pânico no campus, com estudantes e funcionários buscando abrigo enquanto equipes de emergência eram acionadas. “Foi um momento de terror absoluto”, disse um estudante que não quis se identificar, destacando o clima de choque em toda a comunidade acadêmica. “Estávamos estudando para exames, e de repente ouvimos os tiros e a corrida das pessoas para se proteger.”
As duas vítimas fatais foram identificadas pelas autoridades como Ella Cook, de 19 anos, vice-presidente do Brown College Republicans e natural de Birmingham, Alabama, e Mukhammad Aziz Umurzokov, de 18 anos, natural da Virginia e estudante de biologia e neurociência. As autoridades disseram que os nove feridos foram levados a hospitais da região, alguns em estado grave, e estão recebendo tratamento médico.
Imagens de câmeras e desafios da investigação
Com o avanço das investigações, as autoridades divulgaram imagens de câmeras de segurança mostrando um indivíduo de interesse circulando nas imediações do campus pouco antes do ataque. O chefe da polícia de Providence, coronel Oscar Perez, afirmou em coletiva que “cada pedaço de informação visual é valioso, mas estamos lidando com imagens que nem sempre permitem identificar com precisão os elementos faciais do indivíduo”.
Apesar da divulgação dos vídeos, Perez reconheceu as dificuldades: “Sabemos que essas imagens podem não ser claras o suficiente para uma identificação definitiva. Pedimos à comunidade que revise seus próprios arquivos e nos entregue qualquer gravação que possa ajudar.” O FBI também tem pedido que moradores e comerciantes compartilhem gravações de câmeras privadas, na tentativa de traçar os movimentos do suspeito antes e depois do ataque.
Inicialmente, um homem chegou a ser detido como pessoa de interesse no domingo (14), mas foi liberado por falta de provas suficientes que o ligassem ao crime. As autoridades deixaram claro que ele não é considerado suspeito neste momento.
Especialistas em segurança civil ouvidos por veículos americanos ressaltam que, em áreas urbanas densas como Providence, a grande quantidade de gravações pode “tanto ajudar quanto sobrecarregar as equipes de análise”. “O desafio não é apenas ter imagens, mas cruzá-las de maneira eficaz sem cair em falsas pistas que atrasam a investigação”, disse um analista de segurança à imprensa dos EUA.
Resposta da universidade e apoio às vítimas
Em resposta ao ataque, a Universidade Brown suspendeu atividades presenciais, cancelou exames e reforçou o esquema de segurança no campus, com aumento da presença policial em áreas acadêmicas e residenciais. A instituição também divulgou que está oferecendo apoio psicológico e assistência emergencial a estudantes, professores e funcionários afetados pelo episódio.
O governador de Rhode Island afirmou que agentes estaduais e federais estão trabalhando de forma coordenada para capturar o responsável pelo tiroteio e garantir a segurança da comunidade acadêmica. “Não vamos descansar até que o responsável por esta tragédia seja detido”, afirmou o governador em comunicado oficial, destacando que qualquer informação, por menor que seja, pode ser crucial para o avanço da investigação.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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