Amarone é vinho tido como caro para os padrões brasileiros, mas é possível encontrá-lo a preços acessíveis

Pratos de massa fortes, condimentados e com grau de gordura, como um fusilli com calabresa, são bons acompanhantes para a bebida

  • Por Esper Chacur Filho
  • 12/11/2021 15h34
Brooke Lark/Unsplash mesa posta com prato de massa e vinho Amarone combina com pratos de massa condimentados e com grau de gordura

Amarone é considerado o vinho nobre do Vêneto e, da Itália, um dos mais conhecidos, ficando atrás do Chianti, Valpolicella e Barolo, talvez. Ele foi criado por um equívoco do enólogo, como bem explicou Iaporina Diniz. O que aconteceu foi que alguém “esqueceu de esvaziar” um determinado barril onde fermentava uma quantidade do vinho Recioto (o clássico vinho doce do Vêneto). O responsável pela cantina, que nesse caso seria o enólogo, ao experimentar o vinho desse determinado barril, percebeu que o vinho tinha se tornado um vinho seco, ou seja, fermentou muito mais do que deveria. O vinho não tinha mais sua característica doce, adquiriu um gosto amargo, mas que tinha realmente agradado ao enólogo. Ele batiza esse vinho com o nome de “Amarone”, exatamente por sentir certo “amargor”. 

O Amarone é tido como um vinho caro para os padrões do consumidor brasileiro. Entretanto, não erro em afirmar que o preço elevado por aqui é muito mais culpa do importador do que do produtor. Dois produtores são os que disputam o primeiro lugar na qualidade e tipicidade (binômio que baliza o preço dos grandes vinhos, em geral): Quintarelli e Dal Forno. Todavia, são vinhos de consumo extremamente restrito por conta do preço, até mesmo na Itália. Contudo, sugiro alguns Amarones de produtores muito bons e cujos preços são mais possíveis. Um é o Campagnola, outro é o Campo Casalin, e o Albino Armani, trazido pela Decanter. Pratos de massa fortes, condimentados e com grau de gordura, como um fusilli com calabresa, são bons acompanhantes para o Amarone. Salut!

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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