Minas Gerais desponta como um bom Estado produtor de vinho; confira sugestões
Região tem nos entregado bebidas alcoólicas, menos ácidas e mais encorpadas que lembram os produtos do Chile e da Argentina
Quando falamos de vinho nacional, em primeiro lugar o que vem a mente é o Estado do Rio Grande do Sul, logo seguido de Santa Catarina. Os paulistas lembram dos vinhos de São Roque, Jundiaí e, mais recentemente, São Bento do Sapucaí. No Nordeste, tenta-se produzir algo com alguma qualidade, porém o clima excessivamente quente não tem nos entregado coisas muito boas do Vale do São Francisco. Entretanto, abrindo uma nova fronteira, temos nos deparado com os bons vinhos de Minas Gerais. A produção de vinhos do Estado está concentrada na região Sul, mais especificamente nos municípios de Andradas e Caldas. Nestas localidades, predomina o cultivo das videiras americanas que, por serem mais rústicas, adaptaram-se bem às condições de clima da região.
Minas tem nos entregado vinhos alcoólicos, menos ácidos e mais encorpados que lembram os produtos do Chile e da Argentina. São bons vinhos que acompanham bem carnes vermelhas ou pratos substanciosos, isso sem esquecer os excelentes queijos mineiros curados. Dos produtores mineiros, recomendo que provem os da Casa Geraldo, notadamente o Shiraz, que é bem curioso. Da Estrada Real vou sugerir o interessante Primeira Estrada, da Luis Porto, o Cabernet Sauvignon, que lembra um bom chileno, sem aquele eucalipto chato, e do Carrara Peixoto o Insólito. Minas não é só cachaça, e hoje começa a despontar como um bom Estado produtor de vinho. Salut!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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