Subjugada por décadas, casta Barbera entrega vinhos gastronômicos e agradáveis
Bebida produzida com esta uva pode ser aquela leve do dia a dia ou a frutada escura, com alta acidez, perfeita para ser envelhecida
Barbera é uma casta de origem piemontesa, do norte da Itália. Há estudos que mostram que ela é cultivada no Piemonte desde o Século XIII, mais especificamente em Monferrato. Hoje em dia, encontramos os maiores vinhedos de Barbera em Alba e Asti. A verdade é que Barbera é uma daquelas castas que foi subjugada por décadas. Faziam vinhos ordinários a partir dela, sem qualidade, por causa do descuido do vinhateiro. A região de Alba — a mesma do Tartufo Bianco — foi a responsável pela revitalização desta casta nos últimos quarenta anos. O vinho produzido com esta casta pode ser aquele leve do dia a dia ou o frutado escuro, com alta acidez, perfeito para ser envelhecido.
Os Barberas são tintos que apresentam sabor e aroma de frutas vermelhas, como amora, ameixa e cereja. São vinhos de elevada acidez. Temos aí um bom exemplo de vinho tinto que harmoniza bem com peixes, até com anchovas e aliches. A Barbera costuma nos entregar vinhos muito gastronômicos e agradáveis, e não são caros. É um vinho fácil de identificar, pois no rótulo vem escrito o nome da casta em sua grande maioria. No mercado encontramos Barberas bem bacanas dos seguintes produtores: Michele Chiarlo, Cogno, La Spinetta, La Quercia e Terre da Vino. No Brasil, a Casa Perini produz um vinho a partir da Barbera que é curioso e bem correto, até porque o produtor não teve a ousadia de tentar imitar o vinho piemontês. Salut!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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