Não ligue para a injusta má fama do Valpolicella: vinho do norte da Itália é versátil à mesa e tem ótimos rótulos
Bebida combina com massas leves com molho de tomate, com o tradicional Tortelloni di Zucca ou até com um sanduiche de pastrami com picles
Se há um italiano estigmatizado como ruim ou de baixa qualidade é o Valpolicella. Isso é uma tremenda injustiça e a culpa é de, até o final do século XX, termos em abundância Valpolicellas de baixa qualidade no mercado e que eram oferecidos nas cantinas mais populares pelo Brasil afora. Este vinho é produzido no norte da Itália, no Vêneto. E de lá, hoje, encontramos ótimos rótulos. É um tinto seco, leve, elaborado com as uvas Corvina, Rondinella e Molinara, com no mínimo 11% de álcool. E é para ser bebido jovem. Os Valpolicellas denominados “clássico” são provenientes de vinhedos da região mais conceituada e historicamente original. Os que possuem a denominação “superiore” têm mais estrutura, maior teor alcoólico (12%) e envelhecem dois anos na vinícola antes de serem comercializados.
É um vinho que vai muito bem com massas leves com molho de tomate ou mesmo com o tradicional Tortelloni di Zucca, prato muito comum no Vêneto e bem popularizado no Brasil a partir da colônia italiana do Rio Grande do Sul. Para aqueles mais progressistas e que não ligam para protocolos inibidores de prazeres, o Valpolicella é o vinho tinto que, refrescado, acompanha muito bem um sanduiche de pastrami com picles ou outros com embutidos, rosbifes e similares. É um vinho muito versátil à mesa. Os bons produtores de Valpocicella e que merecem destaque são: o Allegrini, o Nicolis, o Montresor e o Quinterelli, para mim, o rei dos Valpolicella. Salut!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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