O mundo do whisky em 2024

Após um 2023 que entrou para a história ‘Whiskystica’ do Brasil, ano recém-iniciado deve ser de entrada cada vez mais agressiva de bons produtos ao mercado nacional e consolidação de algumas marcas

  • Por Tierri Gabriel*
  • 14/01/2024 10h00
  • BlueSky
Tierri Gabriel/Arquivo Pessoal Garrafa de Whisky dentro de embalagem especial, transparente, em um quarto Após um excelente 2023, mercado do whisky terá um ano desafiador pela frente

No ano passado, tive o prazer de conhecer e aprender com o Mestre Tierri Gabriel, muita coisa sobre whiskies, especialmente Single Malts. Assim, querendo dividir com vocês as novidades e perspectivas para este ano que mal começou, convidei o Tierri para nos brindar com o artigo, transcrito a seguir, onde aborda as novidades para 2.024: 

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“Olá, meus amigos, volto a conversar com vocês sobre whisky! É um enorme prazer roubar um pequeno espaço dessa maravilhosa coluna do amigo Esper Chacur Filho para explorar um pouco mais sobre a Cultura do Whisky, que é, me atrevo a dizer, riquíssima e elegante, tal qual o mundo do vinho! Hoje quero explorar com vocês minhas previsões, ao estilo ‘Nostradamus’ e pensar no mundo do whisky para o ano de 2024!

Acredito que projetar 2024, dependa de uma breve análise dos acontecimentos de 2023. Acreditem, ou não, esse ano que se foi pode facilmente entrar para a história “Whiskystica” do Brasil. Em 2023, tivemos o lançamento de produtos extraordinários, como o Eagle Rare, ganhador de 90 medalhas nos últimos 14 anos e já eleito por cinco anos consecutivos o melhor Bourbon do mundo! Também o lançamento do esplêndido 1792 e, ainda, o fato de uma destilaria nacional ganhar duplo ouro no Concurso San Francisco World Spirits. Some-se a isso tudo, o lançamento, com vendas recordes, do whisky nacional Putumuju (que sou o feliz papai da criança). Vários singles malts novos apareceram no mercado, como o Glenlivet Caribbean Reserve, Hakushu 18 anos, Yamazaky 18 anos, Laphroaig Quarter Cask e até importadoras independentes trazendo novos rótulos para o mercado nacional, como o caso da Single Malt Brasil com os Tullibardines.

Como eu disse, olhando para os acontecimentos de 2023 parece possível prevermos coisas interessantes para 2024! Entretanto, parece não ser bem assim… Nos bastidores, lojas de whiskies estão relatando que, possivelmente, alguns dos singles malts da poderosa Diageo (dona da Johnnie Walker, Buchanans, Black & White, Bells, Old Parr, Talisker, Singleton, Glenkinchie, Cardhu e outros) não nos agraciarão mais. Especula-se que Cardhu e Glenkinchie deixem as prateleiras. Porém, também se especula uma entrada cada vez mais agressiva de bons produtos ao mercado nacional e o fortalecimento de algumas marcas. A Beam Suntory está chegando seriamente com seus whiskies japoneses e produtos premium. Pernod Richard certamente possui mais “armas líquidas” que devem chegar ao mercado nacional em breve. Um passarinho me disse que podemos esperar novidades oriundas da empresa Aurora Importadora (não confundir com a Aurora de vinhos), que já nos surpreendeu com o Eagle Rare e 1792, talvez em breve teremos mais um Bourbon de alto nível, porém com baixo custo para concorrer com Jim Beam. Por fim, em 2024 não tenho medo de prever com 100% de acerto que lançarei outro whisky finalizado em madeiras nativas brasileiras, junto de um whisky edição limitada, que, provavelmente, o veremos no primeiro semestre de 2024!

Meus amigos, em resumo, acredito que em 2024 teremos alguns lançamentos, mas, infelizmente, não na mesma proporção que vimos em 2023. Acredito que será o ano da consolidação de algumas marcas, o ano em que as empresas trabalharão para atingir as prateleiras de supermercados e, consequentemente, mais consumidores. Nós, extremos entusiastas e compradores compulsivos, já temos acesso, agora o foco é o mercado geral!”

Salut!

*Escreve a convite de Esper Chacur Filho

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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