Vinho da casta Arinto é uma ótima pedida para o verão e merece mais atenção do público brasileiro

Bebida do universo das uvas brancas deve ser consumida bem refrescada e combina com peixes rústicos, frutos do mar e até um espaguete ao vôngole

  • Por Esper Chacur Filho
  • 03/09/2021 10h00
Nacho Domínguez Argenta/Unsplash Close em cacho de uvas brancas O cacho da casta Arinto é grande, compacto e composto por bagos pequenos ou médios, de cor amarelada

Portugal é fantástico na produção de vinhos brancos. Ouso afirmar que são absolutamente apropriados para o paladar dos brasileiros, especialmente porque por aqui imperam a Chardonnay e a Sauvignon Blanc, que têm seus relevantes méritos. Porém, mesmo brancas, são castas de climas mais amenos. Neste universo das uvas brancas, há uma casta portuguesa, a Arinto, que merece mais atenção do consumidor brasileiro. É muito versátil e, por isso, cultivada em quase todas as regiões vinícolas. Na região dos Vinhos Verdes, ficou conhecida por Pedernã. Contudo, é na região de Bucelas que esta variedade ganha notoriedade, sendo considerada a casta “rainha” da região.

O cacho da casta Arinto é grande, compacto e composto por bagos pequenos ou médios, de cor amarelada. Ela é frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote (mais do que uma casta) e também de espumantes. Na região de Bucelas, produz-se vinhos monovarietais (uma só casta), de elevada acidez, cor citrina e marcadamente florais e frutados (quando jovens). Os vinhos desta casta são ótimos para o verão, devem ser consumidos bem refrescados e acompanham bem peixes rústicos, frutos do mar e até um espaguete ao vôngole (ou um arroz de frutos do mar). Há bons exemplares no mercado nacional. Sugiro o Ciranda Branco (da Mistral), o Quinta de Chocapalha Arinto (da Adega Alentejana) e o Dorina Lindermann (da Decanter). 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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