Vinho e café combinam? Confira situações em que as bebidas vão bem lado a lado

O Marsala meio doce, por exemplo, é ingrediente do clássico Tiramissú, que na receita original leva também chocolate café e mascarpone

  • Por Esper Chacur Filho
  • 21/08/2021 10h00
  • BlueSky
Pixabay Taça de vinho branco cheia na metade e duas xícaras de café Há muitas cafeterias pelo Brasil que têm sugestões de vinhos em taças e a bons preços para acompanhar o nosso café

Final de refeição, você terminando o vinho tinto e trazem o café. O que fazer? Ah! Devolva o café. Definitivamente, o café e o vinho tinto vão se contrapor, e nenhum deles te dará bom paladar. O mesmo raciocínio serve para o vinho branco de mesa: juntos se estragam. Entretanto, há situações em que café e vinho correm bem lado a lado. Se o vinho for fortificado, ou seja, aquele no qual se adiciona aguardente vinífera, já começa a ser possível a harmonização. Um vinho do Porto não muito envelhecido também vai muito bem depois do café ou quando é consumido lado a lado. A verdade é que a untuosidade do vinho do Porto segura a agressividade ao paladar do café, e a combinação passa a soar agradável.

Os vinhos Madeira, especialmente os meio secos, também seguram bem a onda do café, inclusive porque aquele toque de amêndoa que tem no final de boca do Madeira interage muito bem com os aromas e o paladar do café. Não podemos esquecer do sensacional Marsala – o vinho fortificado siciliano que é produzido, preponderantemente, com as uvas brancas Grillo, Inzolia, Catarratto e Damaschino. O Marsala meio doce é ingrediente do clássico Tiramissú, sendo que a receita original leva Marsala, chocolate café e mascarpone. Ora, se a combinação do Marsala com o café fica tão boa no doce, separados e consumidos, digamos, “in natura”, a coisa segue melhor ainda: o café quente e aromático e o Marsala meio seco, refrescado a contento, ficam perfeitos para serem consumidos em parelha. É o que chamo de “suprema ousadia de sabores”. Agora, o meu preferido para acompanhar o nosso cafezinho é o Jerez da casta Pedro-Ximenes, que tem dulçor e acidez muito bacanas. Há muitas cafeterias pelo Brasil que têm sugestões de vinhos em taças e a bons preços para acompanhar o nosso café. Vale a pena experimentar. Salut!

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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