Vinho tem lugar especial na mesa de Páscoa; veja como combinar com vários tipos de peixe

Ainda há muitas dúvidas para a correta harmonização dos vinhos com os peixes, que ganharam protagonismo nos almoços de domingo

  • Por Esper Chacur Filho
  • 03/04/2021 13h56
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Esper Chacur Filho Vinho e pão Pão e vinho simbolizam a Páscoa

O vinho carrega muita simbologia em sua história e, junto ao pão, é o símbolo do Sacramento cristão da Eucaristia.  Na verdade, o pão e o vinho, juntos, simbolizam a união e a transformação, ao mesmo tempo. De verdade, os cristãos herdaram dos judeus a Páscoa, bem como o consumo de pão e vinho para celebrar a data. A Páscoa judaica é conhecida pelos judeus como Pessach, palavra do hebraico que significa passagem. A Páscoa comemorada pelos judeus também é uma de suas festas religiosas mais importantes, onde se consome o pão sem fermento e o vinho não fermentado. A primeira Páscoa aconteceu no contexto da escravidão dos hebreus no Egito. Esses, originários de Abraão, estabeleceram-se em Canaã e, depois de um tempo de seca e falta de alimentos, mudaram-se para o Egito, local no qual acabaram sendo escravizados. A libertação dos hebreus foi realizada por Moisés, logo após a execução das dez pragas no Egito, segundo a narrativa judaica.

A história nos conta que Jesus, valendo-se da celebração da Pessach, instituiu a eucaristia, como é conhecida hoje, partindo-se e repartindo-se o pão e o vinho. O simbolismo era, sempre, a passagem, a liberdade e a transformação. Jesus particularizou a transformação, dando-lhe sentido de renascimento de nova luz. Hoje comemoramos a Páscoa, ainda dentro do simbolismo Judaico-Cristão, com uma grande refeição, um grande banquete, onde o vinho tem um lugar especial na mesa. E passamos a dar um especial protagonismo aos peixes, mesmo no almoço de domingo, o que é muito saudável. Há muitas dúvidas para a correta harmonização dos peixes com os vinhos. Então, me socorro ao professor Victor Fernandes, do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de São Paulo (Sinthoresp), que apresentou, em artigo, as seguintes sugestões, por mim endossadas:

  • Bacalhau: pode-se optar pelos tipos branco maduro e Chardonnay Novo Mundo. (aqui incluo, como sugestão, um tinto, Cabernet Franc, nacional ou do Loire, bem jovem e sem muita madeira)
  • Salmão: boas sugestões são rosés e pinot noir jovem da Borgonha. (também sugiro um vinho verde, um bom Alvarinho)
  • Atum: prefira um merlot jovem nacional, rosés e espumante rosés brut nacionais.
  • Sardinha: brancos ácidos, vinhos verdes, pinot grigio da Itália e rosés de vinho verde são os mais indicados.
  • Cavalinha: riesling da Alemanha, vinho verde e espumante do Loire Blanc, são opções.
  • Linguado: opte por sauvignon blanc (da França, Argentina e Nova Zelândia) ou prosecco. (fuja do Sauvignon Blanc chileno e sua manteiga com abacaxi)
  • Truta: prefira branco seco (chablis ou riesling da Alsace) e espumante cava brut.
  • Cação: os melhores tipos para acompanhar são rosés da Provence, viognier (da França ou Espanha) e espumante brut.

De qualquer modo, o que vale é comemorar a união e a transformação que a Páscoa, a Pessach, nos propõe com seu simbolismo. Salut!

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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