Carolina Arrabal aposta na ginecologia individualizada e interativa para cuidar da saúde da mulher
Médica acompanha a vida sexual, emocional e endócrina de cada cliente, e enxerga que um atendimento acolhedor e completo é ausente no mercado
A Mulher Positiva desta semana é Carolina Arrabal. Ela é ginecologista, pós-graduada em cirurgia pélvica e sexualidade, além de Membro Titular do I.S.C.G (International Society of Cosmetogynecology) e da E.S.A.G (European Society Of Aesthetic Gynecology). Doutora Carolina é uma das proprietárias do Espaço Arrabal Benetti, que oferece consultas fundamentadas na ginecologia individualizada e interativa, com o objetivo de avaliar e cuidar de todos os aspectos relacionados à saúde da mulher e não somente a parte ginecológica. Ela foi, desde sempre, apaixonada por medicina e, além de tratar da saúde ginecológica, acompanha a vida sexual, emocional e endócrina de cada cliente, com atendimentos exclusivos e sempre em busca do novo. “Ao longo de anos de atendimento, comecei a notar que quanto mais eu integrava os setores da vida das minhas pacientes (sexualidade, qualidade do sono, profissão, ciclo hormonal, queixas genitais) mais resultados positivos eu tinha e mais impacto positivo nas intervenções eu conseguia fazer com essas informações”, afirma a médica.
1. Como começou a sua carreira? Sempre pensei em ser médica. O caminho que me levou a ginecologia foi o gosto por cirurgias e pelo feminino. Ao longo da minha carreira, eu fui entrando em questões que via serem recorrentes, como sexualidade, falta de empatia com nosso universo, um certo abandono das nossas peculiaridades, e isso naturalmente foi me levando a me especializar em cirurgias ginecológicas e sexualidade feminina.
2. Como é formatado o modelo de negócios do Espaço Arrabal Benetti? O Espaço Arrabal Benetti nasceu da necessidade de ter um local onde eu pudesse atender mulheres da forma mais integrativa, acolhedora e completa dentro do que acredito e noto ser tão ausente no atendimento ginecológico no mercado em geral. Ao longo de anos de atendimento, comecei a notar que quanto mais eu integrava os setores da vida das minhas pacientes (sexualidade, qualidade do sono, profissão, ciclo hormonal, queixas genitais) mais resultados positivos eu tinha e mais impacto positivo nas intervenções eu conseguia fazer com essas informações. Junto a isso, meu marido e eu, que antes atendíamos separadamente, de tanto batermos cabeça com profissionais que não atendiam na nossa linha de trabalho, decidimos unir nossas salas e pensar em um espaço para atender da forma mais completa possível aos nossos pacientes.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Quando decidi abrir minha clínica e investir no atendimento integrativo, que acredito ser o futuro do atendimento médico. Deixei uma carteira de clientes de mais de 10 anos em uma clínica onde o perfil era diferente do que eu acreditava, para me “arriscar” na abordagem que eu acreditava. Foi a melhor opção que poderia ter tomado.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Acho que esse é e vai ser o desafio das mulheres que decidem ter uma carreira, família e empreenderem um negócio próprio. Não tenho receita… E se alguém tiver, aceito uma! Brincadeiras à parte, acho que um dos maiores segredos é aprendermos a delegar e escolher bem uma equipe de trabalho e de apoio familiar (seja ela a família ou uma ajudante) que te deixe segura e o menos sobrecarregada possível para lidar com os dois da melhor forma possível. Isso funciona, porque te deixa livre para focar 100% no setor onde estiver naquele horário.
5. Qual seu maior sonho? Conseguir levar mais informação e conhecimento médico para mais mulheres, e ter uma comunicação direta sobre saúde e educação sexual e sobre o ciclo feminino através da minha profissão e atendimentos. Sinto que podemos muito mais, mas falta informação e libertação de paradigmas. Gostaria de fazer parte desse processo para as mulheres de hoje e amanhã!
6. Qual sua maior conquista? Minha autonomia na carreira e minha família.
7. Livro, filme e mulher que admira. Tenho lido quase só livros técnicos da minha área, mas o último que li em 2020 acho que vale a indicação: Nudge: O Empurrão para a escolha certa, escrito por Cass Sunstein e Richard Thaler. De Filme, indico Joy, acho a história marcante e forte. Mulheres que admiro e que enfrentam desafios inacreditáveis para provar seu valor são muitas, mas acredito que a Madonna. Ela está à frente do seu tempo, e um dos seus últimos discursos defendendo o fato de ser cobrada por estar “velha” para se manter no showbiz é um exemplo de força e coragem.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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