Conheça a escritora que revolucionou o mercado de autobiografias brasileiras nos Estados Unidos
Larissa Rinaldi mudou para Nova York em 2018 e deu uma grande guinada na carreira com sua Writing Boutique, que oferece mentorias, consultorias, edição, publicação, lançamento e administração de redes sociais
Nossa Mulher Positiva é Larissa Rinaldi, escritora e empresária. Larissa nos conta como chegou a Nova York, lançou o seu livro e revolucionou o mercado de autobiografias brasileiras nos Estados Unidos com a sua Writing Boutique. “Eu construo a carreira literária dos meus clientes, da ideia ao best seller. Isso envolve mentorias, consultorias, edição, publicação, lançamento e administração de redes sociais. Tenho clientes que chegam em diferentes momentos da realização do livro. Alguns só têm a ideia de uma história. Outros já lançaram seus livros e querem fazer uma festa de lançamento em Nova York”, conta. “No meu livro, ‘Tudo Que Aprendi em Nova York’, escrevi assim: ‘Também fui camaleoa nos meus relacionamentos, e mais do que em relacionamentos, fui camaleoa (eu repito palavras, desculpa) nas cidades nas quais vivi’. Sou camaleoa com os clientes também. Reproduzindo suas essências e transformando suas emoções em palavras”, complementa.
1. Como começou a sua carreira? Comecei estudando jornalismo. O meu sonho era escrever. Na época, eu precisava criar meios de realizar o sonho. Hoje, faço exatamente isso na minha empresa. É engraçado como a gente dá voltas para ser exatamente aquilo que sonhamos. Saí da faculdade de jornalismo e trabalhei cinema, publicidade, roteiro, copywrting. Mudei para os Estados Unidos em 2018, acompanhando a minha esposa, que foi transferida. Essa foi a minha grande mudança de carreira. Eu decidi que iria trabalhar só com conteúdo a partir de então. Criei um podcast, estudei escrita pessoal na Gotham Writers, criei uma newsletter e comecei um blog (em 2021!). Com a pandemia, decidi realizar o grande sonho de escrever um livro. Eu digo que “tudo que aprendi em Nova York” é, na verdade, o meu segundo livro. Conto a minha história dos 20 aos 30 anos. Falo para os meus clientes que a gente não lança o livro perfeito, a gente lança o livro possível. Na próxima obra, vou abordar a minha infância. Antes de falar sobre assuntos tão sensíveis, eu precisava me entender como escritora.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Larissa Rinaldi Writing Boutique? Na minha Writing Boutique, eu construo a carreira literária dos meus clientes, da ideia ao best seller. Isso envolve mentorias, consultorias, edição, publicação, lançamento e administração de redes sociais. Tenho clientes que chegam em diferentes momentos da realização do livro. Alguns só têm a ideia de uma história. Outros já lançaram seus livros e querem fazer uma festa de lançamento em Nova York. Alguns querem aprender estratégias de venda direta. Muitos coaches querem transformar produtos digitais (mentorias e ebooks, por exemplo) em um livro. A Débora Lopez, por exemplo, tem uma história incrível. Ela foi mãe aos 14 anos. Chegou aos Estados Unidos em 2018 com o mesmo sonho que eu: lançar um livro. Ela entrou para minha mentoria, em grupo, “Imortais: Da Ideia ao Best Seller” há um mês. Percebemos que o melhor para ela seria uma consultoria mais personalizada. Com a metodologia que desenvolvi, terminamos a primeira versão do seu livro em 90 dias, seja na mentoria em grupo ou na consulta individual. Clientes de ghostwriting têm tratamento especial. Faço imersões no próprio ambiente de convivência da pessoa. Em outubro, vou para a Flórida passar um final de semana jogando golfe com uma cliente do mercado financeiro. O livro escrito por mim e assinado pelo cliente precisa ter o tom de voz da pessoa, o seu ritmo, sua forma de pensar. No meu livro, “Tudo Que Aprendi em Nova York”, escrevi assim: “[…] Também fui camaleoa nos meus relacionamentos, e mais do que em relacionamentos, fui camaleoa (eu repito palavras, desculpa) nas cidades nas quais vivi”. Sou camaleoa com os clientes também. Reproduzindo suas essências e transformando suas emoções em palavras.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Com certeza foi durante a pandemia. Foi o momento em que parei de testar muitas alternativas e sentei para escrever o meu livro sem fazer ideia de quais seriam os frutos que colheria dele. Dediquei seis meses da minha vida sem fazer nenhum outro tipo de trabalho. Não tive nenhuma entrada de dinheiro. Foi um passo de fé que eu e a minha esposa fizemos juntas. Tive muita sorte em tê-la como primeira fã e investidora.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Hoje em dia, trabalhamos de casa o tempo todo. Almoço todos os dias com a minha esposa. É comum que eu tenha muitos eventos durante a semana. Normalmente, separo o final de semana para ficar com ela. Sempre que possível, incluo o Brasil nos meus planos. Quando lancei o livro, fui para o Rio e para São Paulo encontrar família e amigos. Estar perto de pessoas que me conhecem há tanto tempo foi o gás que eu precisava para seguir com a minha jornada. Em setembro, vou participar da premiação de Melhor do Brasil no Mundo, em Londres. Sou finalista como melhor escritora brasileira no mundo. Chamei todos os meus amigos que moram na Europa para irem me ver. Antes de ir para Londres, vou passar uns dias com a minha esposa em Ibiza. Quando tenho clientes de ghostwriting no Brasil, eu tento ficar mais tempo do que o necessário para o trabalho. Em novembro, por exemplo, devo participar da Feira Literária de Paraty e vou ficar um pouco com a minha família. O segredo é criar tempo para quem é importante. Nós não somos só trabalho ou só vida pessoal. É preciso ter um equilíbrio, mesmo que isso signifique trabalhar muito durante um mês e passar três dias de férias sem ver o celular. Não basta passar o tempo com quem você ama e não estar presente. Aí é melhor voltar para o escritório, resolver as pendências e se desligar de verdade quando tudo estiver resolvido.
5. Qual seu maior sonho? Ganhar o Oscar de melhor roteiro adaptado de um livro meu.
6. Qual sua maior conquista? Lançar o meu primeiro livro, “Tudo que Aprendi em Nova York”, de forma independente e ver que ele já chegou até na Austrália.
7. Livro, filme e mulher que admira. Vou puxar a sardinha para as autobiografias. A minha é um livro de autocura e acredito que todas as que eu li e amo também são. Livro: “Untamed”, da Glennon Doyle. Filme: “Comer, Rezar e Amar”, baseado no livro homônimo da Elizabeth Gilbert. Uma mulher: todas que buscam se desenvolver e superar seus desafios, mas uma específica é a Débora Lopes, que vai lançar o seu livro no fim de 2023.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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