Ex-repórter de TV, Débora Aguillar usou espírito empreendedor para criar clube feminino de networking

Com passagens por Globo e SBT, jornalista migrou para o mundo dos negócios, pensou em abrir alfaiataria feminina, mas teve grande sacada ao perceber potencial do grupo de WhatsApp que criou

  • Por Fabi Saad
  • 21/04/2021 10h00
Reprodução/Instagram/@deboraaguillar De vestido preto e brincos de argola, a jornalista Débora Aguillar aparece do pescoço para cima; ela tem a pele clara e os cabelos castanhos, na altura do pescoço Débora Aguillar é publicitária, jornalista e fundadora do Lady Diamond Club

Nossa Mulher Positiva desta semana é a Débora Aguillar, publicitária, jornalista e fundadora do Lady Diamond Club, um clube de networking que realiza conexões entre mulheres empresárias. Ela atua também no desenvolvimento pessoal e profissional de muitas delas, além de apoiar diversos projetos sociais. Débora nos conta como iniciou sua carreira e também o início de sua empresa, que vem fazendo a diferença na vida de centenas de mulheres. “Meu sonho é transformar o Lady Diamond em uma plataforma completa de lapidação da mulher economicamente ativa. Implementar nosso modelo de atuação em diversas partes do nosso Brasil e do mundo.”

1. Como começou a sua carreira? Me formei em 1997, em publicidade e propaganda e, posteriormente, em jornalismo. Atuei em algumas agências de publicidade como atendimento comercial. Em 2004, iniciei minha carreira como jornalista, realizando diversas reportagens, nacionais e internacionais, para emissoras como IPC Channel/Globo Internacional, SBT e Rede TV!. Na época, cobria bastidores de eventos, entrevistava artistas, fiz a cobertura do Oscar 2005, entrevistas com atores nacionais e internacionais durante pré-estreias de filmes… Até que resolvi abandonar tudo e seguir nos bastidores da comunicação. Em paralelo, sempre fiz locuções comerciais e dublagem para programas da Discovery Channel. Em 2008, decidi empreender ao lado do marido. Atuei ao lado dele em uma empresa de cosméticos chamada Empório Bothânico e, a partir daí, me mantive focada no mundo empreendedor. Em 2017 investimos no mercado da moda, mais precisamente na tradicional marca masculina de alta costura Browns Club, no mercado há 40 anos, fundada pelo arquiteto Sig Bergamin. Em 2018, iria lançar a versão feminina da alfaiataria e montei um grupo de Whatsapp com amigas que conversavam com a marca. Até descobrir que aquele era muito mais do que um grupo de potenciais clientes, mas, sim, amigas e mulheres que poderiam se conectar e fazer parcerias entre si, além de contribuírem com o crescimento e bem-estar umas das outras. Abandonei a alfaiataria e foquei no clube de networking feminino, Lady Diamond Club. Atualmente atuo também como embaixadora da ONG Florescer e da OBME (Organização Brasileira de Mulheres Empresárias), com sede na França.

2. Como é formatado o modelo de negócios do Lady Diamond Club? O Lady Diamond Club promove eventos abertos e fechados com objetivo de fortalecimento de networking e desenvolvimento humano. Realizamos fóruns e palestras em todos os eventos com temáticas diversas e conexões com mulheres que possam fazer parcerias entre si. Parte da renda de todos os eventos é revertida a entidades sem fins lucrativos. Antes da pandemia, realizamos encontros mensais gerais e segmentados. Estamos construindo uma plataforma na qual as mulheres que quiserem fazer parte do clube, atualmente fechado para convidadas, poderá se tornar membro, obtendo alguns benefícios especiais e exclusivos.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Tive dois momentos: 1) Abandonar a carreira como jornalista na TV e começar a empreender; 2) Descobrir as vertentes e possibilidades do Lady Diamond Club. O momento de transição do Lady Diamond Club , estruturar o modelo de negócios até transformá-lo em uma marca, foi uma tarefa bastante desafiadora.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Há pessoas que me ajudam e oferecem suporte com a casa e meu filho para que eu possa cuidar da minha vida profissional com mais tranquilidade. Sou capricorniana, workaholic, não conseguiria ficar dentro de casa só cuidando do meu filho, a propósito, o maior amor da minha vida. Consigo conciliar tudo estabelecendo também prioridades, dizendo “não” para tarefas menos importantes no dia a dia. Há dias mais fáceis, outros nem tanto e, assim, vamos aprendendo e superando os desafios.

5. Qual seu maior sonho? Transformar o Lady Diamond em uma plataforma completa de lapidação da mulher economicamente ativa. Implementar nosso modelo de atuação em diversas partes do nosso Brasil e do mundo.

6. Qual sua maior conquista? Ter criado um clube de networking feminino do zero e conseguido unir centenas de mulheres com tanto potencial e valores que fazem negócios entre si e que se ajudam pessoal e profissionalmente.

7. Livro, filme e mulher que admira. O livro é “A Lei do Triunfo”, de Napoleon Hill, e “Mulheres Correm com Lobos”, de Clarissa Pinkola Estés. Filme? Gosto muito de documentários e biografias. Adoro entender os desafios e superações das pessoas de sucesso. Mas um filme que eu gostei bastante foi “Adoráveis Mulheres”. Mulher que admiro? Há várias mulheres que eu admiro, mas, como recentemente tive a oportunidade de assistir ao documentário da Michelle Obama e me surpreender com ela, posso citá-la aqui. Uma mulher que, apesar dos preconceitos raciais e sociais, tornou-se uma grande referência, não só como primeira-dama, mas por seus trabalhos humanitários, por ter se tornado exemplo de elegância, mãe, esposa e ser humano.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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