Silvana Abramovay começou a construir império do Amor aos Pedaços com apenas 19 anos

Empreendedora entrou na sociedade para abrir a segunda loja da marca, no Itaim.

  • Por Fabi Saad
  • 29/06/2022 10h00
Divulgação Silvana Abramovay, de terninho, cruza os braços em frente a um painel com foto de brigadeiros Silvana Abramovay ajudou na expansão do Amor aos Pedaços

Empreendedora por vocação, Silvana Abramovay, a Mulher Positiva desta semana, iniciou sua carreira no Amor aos Pedaços, com apenas 19 anos. Ela entrou na sociedade para abrir a segunda loja, no Itaim (zona oeste de São Paulo) e ajudou a construir o modelo pioneiro de franquias da marca.”Hoje, o Amor aos Pedaços tem 40 franquias e duas lojas próprias. Na verdade, é formado por diversos negócios”, disse. “Para cuidar deles, eu me multiplico em empresária e administradora, gerenciando a fábrica; franqueadora, por conta da empresa de franquias; e empreendedora, como dona das lojas.”

 1. Como começou a sua carreira? Comecei em 1984. Eu tinha 19 anos. Na época, havia dois sócios que tinham uma loja do Amor aos Pedaços nos Jardins, em São Paulo, e eu entrei na sociedade para abrir a segunda loja, que ficava no Itaim.

2. Como é formatado o modelo do seu negócio? Tenho uma indústria de doces e chocolates. Da produção, 80% são destinados ao abastecimento dos franqueados, e o restante vendemos para os mais diversos setores. Hoje, o Amor aos Pedaços tem 40 franquias e duas lojas próprias. Na verdade, o Amor aos Pedaços é formado por diversos negócios. Para cuidar deles, eu me multiplico em empresária e administradora, gerenciando a fábrica; franqueadora, por conta da empresa de franquias; e empreendedora, como dona das lojas.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Passei por várias dificuldades como qualquer empreendedor. Os planos econômicos dos anos 1980 e 1990 tiveram grande impacto, quando passamos muito tempo com a inflação alta demais e não conseguimos repassar os preços. Ou quando acordamos um dia sem dinheiro para comprar produtos porque as contas estavam todas bloqueadas. Recentemente, a pandemia foi um grande desafio. Quando tivemos o isolamento, as lojas ficaram fechadas e eu parei de vender produtos. Ficamos sem receber, mas as despesas continuaram. Mas fomos nos adaptando.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Eu tento equilibrar, mas às vezes a gente não consegue. Hoje, eu consigo me dedicar à minha família nos fins de semana e depois de chegar em casa. Já passei por épocas em que eu trabalhava direto, inclusive nos fins de semana, mas hoje, apesar de estar sempre ligada no trabalho, eu consigo mais tempo para minha vida pessoal.

5. Qual seu maior sonho? A fome no mundo é algo que me preocupa muito. Mas acredito muito na mulher como transformadora do mundo. E quero ajudar mulheres a serem reconhecidas por sua força. Trabalho muito para isso. Faço mentoria, cursos de estudo para se movimentar e para deixarmos as mulheres mais fortes, mais estudadas e assim alcançar mais posicionamento e autoridade no mercado e na sociedade.

6. Qual sua maior conquista? Sem dúvida alguma, minha família. Meus três filhos são o pilar de todas as outras coisas que construí na vida. Minha família é tudo para mim.

7. Livro, filme e mulher que admira. Eu tenho muitos livros. Adoro ler. Um livro que me marcou muito foi “O Arroz de Palma”, do Francisco Azevedo (2008, Ed. Record). É um livro lindo, que trata de família. Sempre que tenho de recomendar um livro, eu recomendo esse. Um filme? Eu acho maravilhoso “A Vida é Bela”, do diretor Roberto Benigni (1997). E uma mulher que admiro muito é a Maria da Penha. Graças à Lei Maria da Penha, demos um passo enorme para a evolução do direito das mulheres.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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