Saiba mais sobre o câncer de pulmão, doença que matou a cantora Rita Lee

Hábito de fumar é uma das principais causas deste tipo de tumor

  • Por Jaqueline Falcão
  • 10/05/2023 12h41
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Reprodução/Instagram/ritalee_oficial Rira Lee segura uma caneca em um jardim A cantora Rita Lee morreu na última terça-feira, 9, em decorrência de um câncer de pulmão

A cantora Rita Lee, que morreu na segunda-feira, aos 75 anos, tinha câncer de pulmão, o terceiro mais comum entre homens e o quarto entre mulheres no Brasil — sem considerar o câncer de pele não melanoma.  De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados mais de 32 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Os principais sintomas são tosse persistente (com secreção ou sangue) emagrecimento rápido sem uma explicação aparente. Entre os métodos de diagnósticos, a tomografia sem contraste é um das mais indicadas, principalmente porque a pessoa recebe uma baixa dose de radiação, sendo possível visualizar a existência de nódulos ou lesões suspeitas e tratar precocemente.

Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas preventivas de câncer de pulmão. Segundo Roberto Abramoff, oncologista clínico do Hcor, caso o paciente seja fumante, a melhor forma é cessar o tabaco e evitar a exposição passiva à fumaça do cigarro. “Apesar de existirem métodos muito eficazes, a cessação do tabagismo ainda é o melhor para prevenir um câncer”, diz o médico. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) também alerta a população para a importância da prevenção e detecção precoce deste tipo de câncer. Primeiro para identificar se é benigno ou maligno, e qual seu estágio. A partir de então, indicar qual o tratamento mais eficaz. “A maior medida de prevenção é não fumar”, ressalta o presidente da SBP, Clóvis Klock. “O tabagismo é causa de vários cânceres. Não só de pulmão”, pontua.

De acordo com a SBP, o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os fatores de risco mais importantes. A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer. Já em relação aos tratamentos, felizmente, registramos muitos avanços, desde cirurgias até terapias com medicamentos. Uma das técnicas é a cirurgia robótica, que permite a possibilidade de fazer o tratamento de forma minimamente invasiva. As vantagens da cirurgia robótica para o câncer de pulmão são vastas, segundo cirurgião oncológico Antônio Bomfim Rocha, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) “Ela proporciona uma qualidade no tratamento oncológico, o que resulta em menos sofrimento ao paciente. Também permite que os pacientes voltem às suas atividades habituais com mais rapidez, uma vez que as cirurgias tendem a ter menos complicações.”

Tratamento sistêmico

Paralelamente ao cenário de diagnóstico tardio e mortalidade, o câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas que mais mostram evidências de benefícios de terapias-alvo e de imunoterapias, tratamentos da Era da Medicina de Precisão. Tudo isso reflete, sem dúvidas, em mais tempo e qualidade de vida para o paciente. 

CURTAS

Recursos contingenciados por hospitais e planos passa dos R$ 2 bilhões

Dados de uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde mostram R$ 2,1 bilhões contingenciados por hospitais e operadoras de saúde a fornecedores de produtos. As distorções praticadas no setor representam 23,1% do faturamento das distribuidoras e importadoras, sendo que as retenções de faturamento são 12%, a inadimplência ou calote, de 9,5%, e as glosas, 1,6% do faturamento. “A legislação brasileira dispõe que todo consumo de produto seja faturado dentro do mês correspondente ao seu uso. O tempo médio para o recebimento a partir do dia que foi realizada a cirurgia é de 116 dias”, diz o presidente da Abraidi, Sérgio Rocha.

Healthtech MV traz novidade em diagnóstico por imagem

A healthtech brasileira MV lançou o “VIDA”, visualizador de imagens diagnósticas de alta resolução, com tecnologia inédita no Brasil. A plataforma conta com inteligência artificial integrada aos sistemas do centro de diagnóstico e oferece um acompanhamento mais rápido e preciso para médico e paciente. O novo visualizador de imagens permite ao radiologista acessar na mesma tela exames anteriores, gráficos e outros elementos que o auxiliam a considerar o histórico do paciente na confirmação ou refutação de um diagnóstico complexo. “Com essa solução, entregamos mais recursos e uma maior eficiência, otimizando o diagnóstico por meio de protocolos robustos e avançados”, afirma Christiano Berti, diretor da unidade de negócio Medicina Diagnóstica da MV.

Herbalife aposta em bebida em prol da imunidade

A Herbalife acaba de lançar uma bebida de fibras com vitamina C e minerais para ajudar na saúde do intestino e na imunidade. O Fiber Concentrate fornece 6,3 gramas de fibras prebióticas, que auxiliam no funcionamento do intestino e ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, contribuindo para o sistema imunológico. E também oferece boas doses de vitamina C, zinco e selênio — nutrientes que ajudam a reforçar o sistema imune.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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