Josias de Souza: Brasil subestima problema do coronavírus ao empurrar reformas com a barriga

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2020 07h51 - Atualizado em 25/02/2020 08h34
EFE/EPA/ROMAN PILIPEY coronavirus-china Na Europa, as principais bolsas despencaram e tiveram perda de US$ 474 milhões -- enquanto o ouro disparou e o petróleo voltou a ter forte queda

Crescimento dos casos de Covid-19 derruba o mercado financeiro global. Na Europa, as principais bolsas despencaram e tiveram perda de US$ 474 milhões — enquanto o ouro disparou e o petróleo voltou a ter forte queda.

“No início de uma semana em que o Brasil sacode no ritmo do samba, a economia mundial experimenta novos solavancos provocados pelo coronavírus. Aos poucos, vai se desfazendo aquela ilusão de que a encrenca ficaria restrita à China. A assombração agora dá as caras na Itália, na Coreia do Sul, no Irã. E o mercado oscila entre dois extremos muito perigosos: às vezes subestima os riscos, às vezes entra em pânico. Essa oscilação é típica de momentos de grandes incertezas.

O Brasil não está livre dos efeitos dessa volatilidade. O novo espasmo derrubou a cotação de produtos que exportamos, como minério de ferro, e derrubou também ações de empresas nacionais como a Petrobras e a Vale. Isso tudo aconteceu no exterior. Não é possível dimensionar o tamanho do estrago que esse vírus vai impactar na economia mundial, mas podemos dizer que o Brasil subestima o problema ao empurrar reformas com a barriga e retardar o seu ajuste interno.”

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