Agro é contra projeto que prevê taxa extra em Goiás
Governador Ronaldo Caiado quer criar fundo de infraestrutura com recursos do agro
O governador reeleito no estado de Goiás, Ronaldo Caiado, apresentou um projeto de lei à Assembleia do Estado com o objetivo de criar o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) com recursos vindos da produção agrícola, pecuária e mineral. Segundo o governo, o fundo é uma alternativa à perda de arrecadação gerada pela alteração das alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) são contrárias ao que chamaram de taxação do agro.
Na proposta, o governo de Goiás defende que o Fundeinfra adote ações voltadas à infraestrutura agropecuária, modais de transporte e rodovias, por exemplo. A FAEG diz saber da necessidade de investimentos em infraestrutura, mas que não é o momento para aumentar custos. A federação afirmou que não fará parte da comissão de análise do projeto. A Aprosoja-GO reiterou posição totalmente contrária a qualquer tipo de tributação do agro no estado. A associação argumenta que o aumento de impostos elevará o custo de produção de alimentos e será repassado aos consumidores nas gôndolas dos supermercados.
Caiado esteve com representantes de diversas entidades do agro nesta semana para tentar iniciar um diálogo sobre o tema. Segundo ele, o recurso arrecadado será administrado com a participação do setor produtivo e a destinação vai ser exclusiva para a melhoria de estradas, o que retornaria em oportunidades para a agropecuária.
As discussões iniciais apontam que no caminho para criação de uma taxa sobre o setor haverá dificuldade, mesmo que as intenções sejam boas. No entanto, o governo espera conseguir a aprovação do texto, já que tem maioria na Assembleia Legislativa. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participará do programa Hora H do Agro deste fim de semana aqui na Jovem Pan News e prestará mais esclarecimentos sobre a iniciativa. Vamos acompanhar!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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