Baixas temperaturas causam formação de geadas que prejudicam lavouras no Brasil
Danos estão sendo avaliados em área de milho, feijão, café e pastagem
As baixas temperaturas dessa semana causaram a formação de geadas em regiões do Centro-Sul do Brasil e áreas agrícolas foram prejudicadas. Há relatos de prejuízos em lavouras de milho, feijão, café e pastagens. A Cooperativa Agroindustrial Copagril, de Marechal Cândido Rondon, no Paraná, publicou imagens das produções cobertas pelo frio e informações de que a temperatura deve comprometer o potencial produtivo do milho na região. Apesar das perdas previstas, é cedo para concluir que os danos foram generalizados. Nas regiões como Oeste de São Paulo, Sul de Mato Grosso do Sul e Norte e Noroeste do Paraná, onde a Cocamar atua, a geada deixou os campos brancos e atingiu em cheio as espigas de milho. Depois de sofrer com a estiagem, agora a região vê o tamanho da produção ser reduzido pelo efeito do frio. As perdas ainda estão sendo contabilizadas.
Consultorias privadas já estão atualizando dados e vão fazer cortes na produção estimada. É o caso da AgRural Commodities, que levará em conta os efeitos do frio para reduzir ainda mais a produção do milho na segunda safra, que registra quebra histórica. “Com a intensidade desse frio, todas as lavouras que não estavam em ponto de colheita e foram atingidas pelas geadas nesta semana apresentam algum tipo de problema. O efeito maior foi sobre o milho plantado mais tarde porque essas lavouras estavam em enchimento de grão e é mais suscetível a perdas por geada”, diz Adriano Gomes, analista de mercado AgRural Commodities. Informações de meteorologia indicam que o risco de geada permanece em áreas do Centro-Sul nesta sexta-feira. Com perdas na produção, a oferta tende a ficar menor, especialmente para o milho, produto que registra recorde de preço e que, com quebra de safra, ganha suporte para manter alta. Hortaliças, feijão e outros alimentos que compõem a cesta básica também foram atingidos pela geada e a perda de produção poderá impactar os custos e a inflação.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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