Brasil está pronto para o plantio da nova safra de soja
Temporada começa com 90% de chance de ocorrência do fenômeno La Niña entre outubro e dezembro; área semeada de soja será uma das maiores da história no país
Na próxima semana será dado o sinal verde para o início do plantio da safra 22/23 de soja em algumas regiões do Brasil. Os produtores rurais do Paraná e algumas regiões de Rondônia já poderão iniciar os trabalhos de semeadura neste domingo. Na sequência, em 16 de setembro, os agricultores de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, de algumas áreas do Pará e do Amazonas também terão permissão para começar o plantio. Nesta nova temporada, o clima continua sendo um dos principais temas acompanhados pelos produtores rurais. Isso porque o novo ciclo terá a incidência do La Niña pelo terceiro ano seguido, fenômeno que contribuiu para estiagens no centro-sul que reduziram a produção de soja e milho da safra verão na última safra.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, órgão que trata do clima, elevou nesta semana a probabilidade do La Niña acontecer entre outubro e dezembro de 80% na estimativa do mês passado para quase 90% agora. Entre janeiro e março de 2023 agora a chance é de 54% de ocorrência do fenômeno, ou seja, ele deve ir perdendo intensidade entre a primavera e o verão para dar lugar a neutralidade climática. Ainda que o terceiro La Niña seguido esteja presente e signifique riscos de menos chuvas no centro-sul, por exemplo, os agricultores estão acreditando no potencial produtivo das lavouras e aumentaram a área para algumas culturas de verão. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um incremento de área plantada em 3,5%. A Conab revela que as chuvas podem ficar abaixo do normal devido ao La Niña, mas se a distribuição for boa e as precipitações ocorrerem no momento ideal, o Brasil terá condições para renovar o recorde de produção de soja e superar os 150 milhões de toneladas, com exportação projetada em mais de 90 milhões de toneladas. Patamares historicamente altos e que contribuem para o dinamismo econômico do nosso país.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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