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Chance de ocorrência do La Niña sobe para 69%, aponta órgão dos EUA

PR - SOJA/ESTIAGEM - ECONOMIA - A estiagem prolongada em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do Paraná, está deixando produtores rurais preocupados. Há cerca de 60 dias não chove com intensidade nas plantações de soja, prejudicando o desenvolvimento da oleaginosa. A falta de chuva está produzindo um cenário raro nas plantações. As folhas dos pés de soja estão dobrando por conta da seca. Na foto, plantação de soja comprometida por falta de chuva

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos atualizou nesta semana as chances de incidência do La Niña. De acordo com o instituto meteorológico norte-americano, a possibilidade de ocorrência do fenômeno no trimestre de junho, julho e agosto subiu de 59% no início de abril para 69% agora no boletim de maio. Outro destaque importante é que a NOAA revelou a possibilidade de o La Niña voltar a ganhar força entre a primavera e o verão do hemisfério sul. A possibilidade de ocorrência do fenômeno acontecer entre os meses de outubro, novembro e dezembro, por exemplo, subiu para 61%, contra 54% na projeção do mês passado.

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A Climatempo afirma que já trabalha com a projeção de ocorrência do La Niña até o fim do ano e a maior preocupação é com o Sul do Brasil, especialmente com o Rio Grande do Sul. O agrometeorologista Celso Oliveira ressalta que a previsão do tempo não indica a chegada das chuvas na primavera, início da época de plantio. Ele também comenta que há perspectiva de umidade abaixo da média para o Estado e piora do quadro durante o verão na região. Na visão da Rural Clima, há, sim, chances de as chuvas não chegarem tão cedo em áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e o plantio da safra de soja, por exemplo, não ser tão adiantado como na temporada 21/22. Mas, a empresa não acredita que haverá um atraso expressivo na semeadura, como ocorreu no ciclo 20/21.

Vale lembrar que atualmente o Brasil passa pela terceira safra seguida sob a influência do La Niña. O fenômeno costuma ter influência no regime de chuvas, que tende a aumentar para o Norte e Nordeste e diminuir em parte do Centro-Sul do Brasil. Estamos torcendo para o La Niña não prejudicar a produção de alimentos por aqui. O mundo conta com a produção brasileira para recompor os baixos estoques mundiais e, para que isso ocorra, São Pedro precisará nos dar uma mãozinha.

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