Colheita farta: Governo prevê safra recorde de grãos em 21/22

Produção pode atingir 291,07 milhões de toneladas, um aumento de 15,1%

  • Por Kellen Severo
  • 10/12/2021 08h18 - Atualizado em 10/12/2021 08h57
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Pixabay/Aitoff Plantação de milho A expectativa para a primeira safra de milho é de crescimento de 17,6%, chegando a 29 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou em 15,1% a estimativa de produção de grãos na temporada 21/22 e projetou um recorde de mais de 291 milhões de toneladas. A safra brasileira está evoluindo bem na maioria das regiões do país. A soja e o milho seguem como os dois principais produtos que puxam o bom resultado. A expectativa de colheita farta é puxada por incremento de tecnologia, produtividade e área plantada. Para a soja, é esperada uma alta de 3,7% na área semeada e a colheita pode chegar a quase 143 milhões de toneladas (142,8 milhões), um incremento de 4% em relação à safra 20/21. Se o volume for confirmado, será um desempenho inédito e que manterá o Brasil como o maior produtor mundial de soja.

No caso do milho, as preocupações com o tempo seco que atinge as lavouras de verão no Sul do país ainda não foram apontadas na estimativa da Conab. Para a primeira safra do grão, a expectativa é de crescimento de 17,6%, podendo chegar a 29 milhões de toneladas. Já a segunda safra deve ter incremento de 42% e ultrapassar 86 milhões de toneladas. Com essa conjuntura, há a expectativa de volume recorde na produção total com mais de 117 milhões de toneladas.

Além disso, o governo também espera alta na produção de algodão, feijão, gergelim e trigo. O trigo inclusive está em fase final de colheita. Para o cereal de inverno, a produção estimada é de quase 8 milhões (7,8 milhões de toneladas), patamar inédito. Apesar de problemas pontuais em lavouras do sul do Brasil, o entendimento do governo é que as demais áreas do país podem compensar as perdas potenciais com milho verão e soja, por exemplo. Safras recordes significam fartura de alimentos, excedentes exportáveis, entrada de recursos no país. Para 2022, é esperado crescimento do PIB do Agro redor de 5%, contribuição relevante para economia brasileira retomar.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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