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El Niño atinge pico e dá espaço ao La Niña em 2024

RS - CHUVAS/RS/ENCHENTES/GUAÍBA/CHEIA - GERAL - Porto Alegre continua com vários pontos de alagamento, casas e estabelecimentos comerciais debaixo de água, na região do 4° Distrito, no centro de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira, 22 de novembro de 2023, após a comporta de contenção do portão 13 do Lago Guaíba, ceder com a pressão da água e arrebentar na noite do último dia 20. Nos últimos dias, a Região Sul tem sofrido com temporais intensos, que já deixaram sete mortos. O Vale do Taquari, região do interior gaúcho destruída por um ciclone em setembro, voltou a inundar. 22/11/2023

Depois de atingir o pico, o El Niño começará a perder força gradualmente. Neste início de 2024, estamos vivendo um fenômeno historicamente forte, que é quando a temperatura na região de medição no Oceano Pacífico Equatorial fica ao redor de 2°C. Os efeitos do El Niño são sentidos no Brasil com aumento no volume de chuvas nas regiões Sul e diminuição em áreas do Norte. Na atual temporada, a falta de umidade e altas temperaturas estão afetando negativamente o desenvolvimento da safra de verão em diferentes Estados. A agência climática dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) informou nesta semana que, apesar do enfraquecimento do El Niño, os impactos poderão durar até abril. E chama atenção para o aumento das chances do La Niña voltar em 2024. A partir de julho, há quase 60% de chance de ocorrência deste fenômeno que, tradicionalmente, reduz o volume de chuvas no Sul e aumenta no Norte, ou seja, o inverso do El Niño, que está em vigor.

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Segundo a NOAA, historicamente a maioria dos eventos mais fortes de El Niño foram seguidos por La Niña. Ou seja, não é incomum, é esperado que isso ocorra. O agronegócio sabe a influência que tais fenômenos climáticos tem no campo. Antecipar o que está por vir pode contribuir muito em decisões, desde a compra de sementes até insumos para o manejo das lavouras. Se a previsão da agência climática dos EUA estiver mesmo certa, 2024, que começou com um El Niño historicamente forte, terminará com o La Niña dando as cartas.

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