Jovem Pan
Publicidade

El Niño vai durar até o outono de 2024

AM - SECA/HISTÓRICA/AM - GERAL - Depois de atingir a pior seca em 121 anos, chegando a 12,70 metros, o Rio Negro comec?ou a subir em Manaus, e ja? esta? com 12,94 metros. Seca na comunidade Marina do Davi em Manaus (AM), na manha? desta quinta-feira (2). 02/11/2023 - Foto:

A agência climática dos Estados Unidos (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, NOAA na sigla em inglês) revelou nesta semana que o fenômeno El Niño deverá se estender até o outono de 2024 no hemisfério sul. A projeção da NOAA aponta na mesma direção da Organização das Nações Unidas, que também indicou aumento de duração do fenômeno climático nesta semana. A ONU diz que o El Niño deverá durar, pelo menos, até abril do próximo ano.

Publicidade
Publicidade

Vale lembrar que o fenômeno El Niño tradicionalmente aumenta o volume de chuvas no Sul e diminui em áreas do centro e Norte do Brasil. Isso já tem sido observado com a menor incidência de chuvas na região Norte, gerando impactos no escoamento da safra de grãos por conta da baixa dos rios. No Centro-Oeste, há relatos de replantio da soja por seca. No Sul, as chuvas elevaram a incidência de doenças fúngicas em culturas como o trigo e atrasaram o plantio e os manejos da safra de arroz, por exemplo.

Com a previsão do El Niño incidir até o outono, a Nottus Meteorologia aponta para o risco maior de os efeitos climáticos do fenômeno durarem mais e, com isso, cresce a preocupação com o milho segunda safra, que será semeado após a soja verão aqui no Brasil. A meteorologista Desirée Brandt nos lembra que a irregularidade das chuvas agora, durante o período de semeadura da soja, pode acabar atrasando também o plantio do milho e não descarta a possibilidade de o El Niño trazer precipitações esparsas também para o milho segunda safra. Um desafio a mais para a cultura que pode perder a janela ideal de plantio e ainda contar com chuvas menos regulares. O El Niño é o fenômeno climático que estará impactando o cultivo da atual safra de grãos, projetada pela Conab com 316 milhões de toneladas no ciclo 23/24.

Publicidade
Publicidade