Governo divulgará demanda de insumos no agro para oferecer mais transparência ao mercado

Ideia é mapear a quantidade necessária de produtos como fertilizantes para realizar as safras das cinco maiores culturas: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão

  • Por Kellen Severo
  • 03/11/2021 09h00 - Atualizado em 03/11/2021 09h53
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Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo - 21/01/2005 Imagem bem aproximada de uma plantação de café Plantação de café na cidade de Luís Eduardo Magalhães, região noroeste da Bahia

A Companhia Nacional de Abastecimento iniciou um levantamento para obter os dados sobre a demanda agregada de insumos da safra brasileira. No estudo, estarão informações sobre a quantidade necessária de produtos como fertilizantes e químicos para realizar as safras das cinco maiores culturas: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Segundo o diretor da Conab, Sergio de Zen, a meta é apresentar o levantamento em até 60 dias. “Primeiro, vamos dizer para o Brasil qual a quantidade de insumos necessária. Segundo, comparar isso com as entradas de insumos das quais temos registro. E esse balanço, oferecer como resultado para a sociedade. Você tem fertilizantes, você tem produtos químicos, produtos veterinários… Tem que mapear todos, não esquecer de ninguém. A produção dessa agricultura moderna, seja de um pé de alface, seja de um café, da cana, do boi ou de frango, ela demanda uma sincronia dos insumos. Não adianta ter adiantado ou atrasado, preciso ter a quantidade no tempo certo para fazer efeito, senão declina a produtividade”, disse De Zen.

Com o mapeamento de insumos, será possível entender a situação de abastecimento para as safras de 2022/23. Na temporada atual, o governo afirma que o sinal é amarelo na cadeia, o que significa que estão em alerta, monitorando toda a distribuição. “Temos uma situação de sinal amarelo. Nem verde nem vermelho. É uma situação totalmente atípica. Estamos vivendo uma retomada da economia, em uma situação que não é guerra, mas é como se fosse. A gente sabe tudo que precisa para a safra de soja, tudo já foi comprado e já foi entregue. Sessenta por cento da segunda safra de milho já foram entregues. Não temos grandes problemas no curtíssimo espaço de tempo.” Para que não surjam esses grandes problemas na cadeia de insumos que possam afetar as safras de 22/23, os dados oficiais poderão ajudar a diminuir especulação e assimetria de informações, dando mais transparência ao mercado.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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