Ministério da Agricultura age com rapidez e define hoje ações para socorrer agricultores

Encontro com Banco Central, Banco do Brasil e Ministério da Economia deverá dar previsibilidade aos agricultores que esperam por ações para definir se conseguirão plantar a próxima safra de inverno

  • Por Kellen Severo
  • 17/01/2022 10h00 - Atualizado em 20/01/2022 12h52
Guilherme Martimon/MAPA A ministra Tereza Cristina em frente a uma tela de computador em seu gabinete no Ministério da Agricultura Tereza Cristina terá reunião crucial para o agronegócio brasileiro

Em entrevista exclusiva ao programa Hora H do Agro neste fim de semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que hoje, às 18h, serão definidas ações para socorrer agricultores que tiveram perda de safra em função da seca que atinge Estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O encontro será com Banco Central, Banco do Brasil e Ministério da Economia. Levantamentos de entidades do agro já projetam perdas superiores a R$ 40 bilhões em lavouras de soja e milho, por exemplo. O governo antecipou à Jovem Pan algumas ações consideradas prioritárias no momento:

  1. Foi adiantada em uma semana a próxima rodada que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá fazer a estimativa de safra. A antecipação deve contribuir para capturar melhor o que está acontecendo no campo e refinar o número da produção nacional de grãos. Com isso, o governo espera ter mais dados para eleger as ações que serão tomadas de forma mais imediata.
  2. A prorrogação de parcela de investimentos é uma possibilidade estudada pelo governo. Segundo a ministra, o agricultor está preocupado, pois se ele ficar inadimplente terá dificuldade de tomar o próximo custeio. “Foi muito bom o Banco Central e o ministério da Economia estarem conosco para que sentissem de perto a ansiedade. Ninguém disse ‘não vou pagar a conta, queremos uma maneira de produzir para pagar essa conta e continuar na atividade'”, contou Cristina.
  3. Medidas para casos especiais também estão em análise: Agricultores que registraram perdas em três safras consecutivas (na safra passada de verão, na safra de inverno e, agora, nesta safra de verão) são considerados casos especiais. Por isso, o governo está pensando em ações específicas para esse grupo, destacou a ministra: “Levei o Banco do Brasil conosco. Ele tem 65% da carteira agrícola do Brasil, de todos os financiamentos. Estava o diretor de agro do Banco do Brasil para sentir de perto e ver o que podia ser feito”.

A reunião de hoje será a primeira que discutirá ações práticas a serem adotadas em socorro aos agricultores que tiveram lavouras atingidas pela seca. A meta é que o governo possa, o mais rapidamente possível, divulgar as medidas que vão ser adotadas ou não em conjunto com o Banco Central, ministério da Economia e Banco do Brasil, para dar previsibilidade aos agricultores que esperam por essas ações para definir se vão ter condições, por exemplo, de plantar a próxima safra de inverno. Elogiável a celeridade com que o Ministério da Agricultura está respondendo ao desafio que vem do campo. O governo precisa ser tão ágil na tomada de decisões quanto é a agricultura brasileira. Se as medidas chegarem a tempo, as importantes perdas financeiras podem ser remediadas.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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