Petrobras volta a apostar em fertilizantes

Expectativa é de retomada de operações em fábricas no PR e MS

  • Por Kellen Severo
  • 01/05/2024 10h00
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Dirceu Portugal/Fotoarena/Estadão Conteúdo Agricultor exibe um punhado de fertilizantes com as mãos A reativação das unidades é bem vista pela projeção de aumento na oferta doméstica de adubo, mas não torna o Brasil autossuficiente em fertilizantes

A produção de fertilizantes no Brasil voltou a fazer parte da estratégia da Petrobras e há expectativas de que as unidades de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, e Araucária, no Paraná, passem a ofertar adubos ao mercado nos próximos anos. Na última semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, esteve na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Mato Grosso do Sul, que está em fase de estudo de viabilidade técnica e econômica e processo de licitação para a retomada das obras ainda neste ano.

É esperado que a unidade produza 2.200 toneladas de amônia por dia e 3.600 toneladas de ureia por dia, o que a tornará uma das maiores fábricas de fertilizantes nitrogenados do Brasil. Já a fábrica de fertilizantes em Araucária (PR) recebeu a aprovação da diretoria da Petrobras para iniciar as obras de revitalização e futura retomada das operações. A unidade tem capacidade de produção de 720 mil toneladas de ureia por ano e 475 mil toneladas de amônia por ano.

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A reativação das unidades é bem vista pela projeção de aumento na oferta doméstica de adubo, mas não torna o Brasil autossuficiente em fertilizantes. Atualmente, cerca de 85% do insumo usado nas lavouras do país é importado. Podemos ver a dependência da importação de ureia recuar, mas os preços ainda serão influenciados pelo cenário internacional, me disse Stefan Podsclan, da Agrifatto.

Para a consultoria Safras&Mercado, algum efeito em redução de preço pode até ser sentido nas regiões onde as fábricas funcionarão, principalmente pelos efeitos de proximidade logística.

Em tempos de agitação geopolítica, investir no aumento da produção nacional de fertilizantes é uma estratégia acertada para a gestão de risco. Agora, os planos precisam sair do papel.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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