Plano Safra terá taxas mais altas para custeio e investimentos do agronegócio
Juros da agropecuária aumentaram; dentro da conjuntura econômica atual, a medida era esperada
O governo divulgou nesta terça-feira o Plano Safra 21/22. Nele estão definições sobre crédito rural e linhas de financiamento com subvenção da União para custeio e investimentos do setor agro. O volume de recursos disponíveis aumentou 6,3% e foi para R$ 251,2 bilhões. Desse total, R$ 165,2 bilhões terão taxas subsidiadas. O restante é de juros livres. O Tesouro Nacional garantiu um aporte de R$ 13 bilhões para equalizar as taxas. Durante a divulgação do plano, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que pediu R$ 15 bilhões de aporte, disse que não desistiu de conseguir volume maior. “Eu gostaria que fosse R$ 15 bilhões, mas estou satisfeita. Acho que vai ser um bom Plano Safra. Ainda vamos trabalhar pra conseguir mais um dinheirinho para esse seguro rural.”
A Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural ficou levemente acima dos R$ 948 milhões do que vigorou na temporada 20/21. A expectativa de alta nas taxas de juros, conforme tratamos aqui no Hora H Agro, se confirmou. Pequenos pagavam 2,75% a 4% e agora pagarão de 3 a 4,5% de juros ao ano, médios vão pagar 5,5% ante 5% do plano anterior e os demais terão taxas de 7,5% ante 6% para custear a lavoura. Para investimentos, as taxas começam em 3% e vão até 8,5%, também acima da última temporada. Entre os diferenciais desta edição, estão: aumento de recursos para o Programa Agricultura de Baixo Carbono, que vai financiar produção de bioinsumos, biofertilizantes e sistemas de geração de energia renovável, por exemplo; destaque também para linhas de investimentos em armazenagem e irrigação. Dentro da conjuntura econômica atual, já se esperava elevação nas taxas de juros para o Plano Safra 21/22. Mesmo com essa piora no custo do crédito, o plano não é ruim. Ele traz aumento no volume de recursos, o que gera oportunidade para o setor continuar investindo e evoluindo.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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