Preço das terras no Brasil: o que esperar para 2023?
Em 2022, preço médio anual das terras para cultivo de grãos subiu 45%
A rentabilidade positiva observada em várias produções agrícolas aumentou a demanda por áreas rurais no Brasil, e o preço da terra disparou. Um estudo feito pela S&P Global Commodity Insights revelou que áreas para grãos subiram 45% em 2022 frente a 2021, com hectare valendo em média R$ 53.342,21. O segundo maior valor por hectare registrado foi em áreas de cana-de-açúcar, com valorização de 43,19% e R$ 46.301,32 por hectare, seguido pela alta em terras destinadas ao cultivo de café com 52,01% de alta e R$ 44.085,00 por hectare. A melhora do retorno econômico das atividades puxou para cima o preço das áreas.
Para 2023, a empresa projeta que haverá continuidade do movimento de busca por oportunidades nesse mercado de terras, mas as variações de preços tendem a ser mais moderadas do que as observadas em 2022. Entre os fatores apontados para explicar a possibilidade de um ambiente de negócios mais contido estão as perspectivas de manutenção de juros altos no Brasil, margens menores no setor agropecuário, risco fiscal associado à expansão de gastos do novo governo e incertezas sobre a dinâmica de crescimento da economia global. Os números da S&P revelam que nos últimos três anos o preço do hectare em áreas de Mato Grosso subiu mais de 300%, como é o caso de Rondonópolis (+367%), que ocupa a primeira posição no ranking de valorização relativas no período de até 36 meses, seguida por Barra do Garças (+351%) e Nova Xavantina (+334%). Historicamente, o investimento em terras tem se mostrado rentável e um ótimo negócio.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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