Conheça o empresário da moda altruísta que se opõe ao estilo ‘O Diabo Veste Prada’
Reinaldo Junior é visionário e acredita que espalhar o bem faz diferença inclusive nos negócios, sem falar nos benefícios para a saúde mental
Quando pensamos em moda vem logo à cabeça o conceito fashionista, de passarelas e elegância, isso quando não lembramos do filme icônico “O Diabo veste Prada” e do luxo atrelado a grandes marcas e todo cenário que o modelo que nos foi imposto durante anos enaltece. Mas nem todos os empresários do segmento pensam assim. Altruísta desde criança, porque sua infância foi repleta de exemplos de empatia e responsabilidade social, Reinaldo Junior se diz hoje feliz com seu negócio que o completa em todos os sentidos. “Atualmente, o olhar dos consumidores está voltado para o comportamento ético e social das empresas. O business do século 21 não pode ser apenas números, é preciso entender seu impacto na sociedade. Nossa marca nasceu dessa realidade, que expressa esse panorama atual. O social está em nosso DNA e isso nasceu comigo porque acredito que a vida só é completa quando todos estão felizes. Nesse mundo tão desigual, é impossível ser feliz quando olhamos outra pessoa com dificuldades”, declara o CEO da Akio2051.
Esse trabalho de moda social ligado a instituições já existia por algumas marcas que lincavam produtos com campanhas específicas. Para o empresário, ajudar vai além do hábito — isso sem contar os benefícios de saúde física e mental que sofremos quando praticamos o bem. De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, ajudar o próximo resulta em uma série de benefícios específicos para o corpo e a mente, reduzindo em até 50% a probabilidade de ter depressão, sendo que ainda reduz a chance de desenvolver ansiedade. “Nosso diferencial é trabalhar somente pequenas instituições, fomentando assuntos que são pouco discutidos no dia a dia. Muitas pessoas não sabem o bem que a equoterapia faz ou como a doença autoimune pênfigo, popularmente conhecida como fogo selvagem, é séria. Outra coisa legal é a forma lúdica que nos expressamos para inspirar a solidariedade das pessoas”, complementa.
Para o lançamento da marca, foram idealizadas quatro coleções que representam propósitos muito singulares. são elas “Flor de Fogo”, “Cavalo Encantado”, “Amor Infinito” e “Casa Gente”. Cada uma delas é representada por uma instituição beneficente e recebe 10% do valor bruto das vendas. O nome da coleção “Flor de Fogo” surgiu a partir de uma experiência que o executivo teve ao visitar uma instituição de caridade em Uberaba (MG) que presta assistência a crianças vítimas de pênfigo. A “Cavalo Encantado” foi criada devido a uma organização beneficente de Mariporã (SP) que trabalha com equoterapia para crianças com paralisia cerebral, que vivem em cadeiras de rodas. A ideia de um cavalo imaginário que desse movimento às pernas delas originou a criação da linha. Já a “Amor Infinito” se dá através de uma instituição que abriga animais e fica em Brasília (DF), indicada por uma amiga do diretor. A “Casa Gente” veio por meio de uma casa espírita de Araxá (MG) que cuida das pessoas de todos os tipos, em todas as suas diversidades.
A trajetória de vida do publicitário mostra que ele acredita que a solidariedade pode fazer diferença e mudar o mundo, sim. “O bem gera o bem, gentileza, gera gentileza, um sorriso, traz outro sorriso. A gente só precisa exercitar boas ações, boas atitudes. Não dá para viver em um mundo onde as pessoas passam fome e a sociedade vive como se nada estivesse acontecendo. No futuro, vai ser normal nos unirmos para ajudar o próximo”, finaliza o CEO. Tomara que isso realmente aconteça, confesso que escrevi esse trecho com uma só das mãos enquanto, na outra, fazia o sinal da figa. Afinal, tudo que acreditamos e pensamos pode se realizar, não é mesmo? Basta colocar a mão na massa, e um fato é certo nessa receita: se tem o objetivo de ajudar, fazer valer a pena ou deixar um legado registrado, a gente já fica com o coração quentinho.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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