Saiba quais são as vantagens dos bancos digitais para o consumidor e como eles funcionam
Segundo pesquisa realizada pela Deloitte, 70% das transações bancárias realizadas no Brasil em 2021 se deu por meio de smartphones e pela internet
Se por um lado a eficiência e o ganho de produtividade foram importantes motivadores da transformação digital dos bancos, pelo lado dos consumidores os bancos digitais surgiram como verdadeiros aliados nesta fase de inclusão financeira. Embora razoavelmente nova, esta relação se solidificou e ganhou enorme projeção junto ao mercado de consumo. Conforme pesquisa realizada pela Deloitte no início de 2022, 70% das transações bancárias realizadas no Brasil em 2021 se deu por meio de smartphones e pela internet, fazendo com que o Brasil seja o país com maior volume de adesão de consumidores aos serviços bancários digitais, já que 54% dos brasileiros na faixa de 18 até 35 anos possui preferência por um banco digital como sua principal instituição financeira. Quando falamos em um banco digital, podemos destacar alguns aspectos:
- Possibilidade de abertura de contas sem a necessidade de ir até uma agência bancária;
- Possibilidade de contratar produtos sem o recebimento de um contrato físico;
- Possibilidade de atendimento através do uso de aplicativos;
- Taxas reduzidas, algumas vezes até isentas, em comparação com os bancos tradicionais.
- Possíveis isenções das tarifas de manutenção de conta e das anuidades com cartão de crédito.
Contudo, mesmo diante das novidades tecnológicas e econômicas obtidas com a utilização dos bancos digitais, a relação mantida com os consumidores não está livre de algumas reclamações:
- Problemas com os aplicativos bancários: existência de reclamações sobre a navegabilidade dos aplicativos.
- Falta de confiança na segurança de um banco digital: ainda é razoável o percentual de consumidores que afirmam não confiar no uso de ferramentas digitais, inclusive em razão do aumento de notícias envolvendo fraudes bancárias.
- Dificuldades com os atendimentos: diferentemente dos bancos tradicionais que possuem agências físicas, no caso dos bancos digitais os atendimentos são feitos através de plataformas digitais de atendimento (aplicativo do banco, chat, call center ou e-mail), não existindo a figura do “gerente de conta”.
Para que o consumidor entenda se vale a pena manter sua conta em um banco tradicional ou digital é preciso que ele compreenda previamente os serviços que procura e, após sua contratação, entenda corretamente o seu funcionamento. Olhando sob o aspecto de serviços oferecidos por um banco tradicional, é possível obter praticamente os mesmos serviços através de um banco digital, variando nesse caso o valor que será cobrado pelos serviços prestados. Uma coisa é fundamental destacar: Não há por que se preocupar com a segurança de um banco digital. Ambos os formatos, tradicional ou digital, são efetivamente seguros e seguem as mesmas regras determinadas pelo Banco Central (BC). Na dúvida sobre um banco digital, consulte o site do BC para verificar sua autorização de funcionamento.
No quesito segurança, preocupe-se mais com a forma como você utiliza os seus serviços bancários. Para os golpistas, o elo mais frágil desta relação é o correntista e não o banco. Tenha cuidado com a utilização de senhas, inclusive na escolha de diferentes senhas para os seus aplicativos. Cuidado com o recebimento de e-mails, mensagens via SMS, aplicativos de conversas e redes sociais. Uma coisa é certa: o banco digital não é mais uma tendência de mercado, já se tornou uma realidade permanente. Conheça melhor e tire as suas conclusões.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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