Corinthians: Stabile precisa ter força e coragem para dizer centenas de não
Ex-vice e figura presente no time há anos tem até o final de 2026 para iniciar a reconstrução de um clube que resiste, apesar dos enormes estragos financeiros e administrativos da última década
Osmar Stabile assumiu a presidência do Corinthians após o impeachment de Augusto Melo, que chegou com promessas de mudança, mas logo se perdeu no mesmo padrão de gestões desastrosas do clube. Stabile, ex-vice e figura presente no Corinthians há anos, tem até o final de 2026 para iniciar a reconstrução de um clube que resiste, apesar dos enormes estragos financeiros e administrativos da última década.
Logo após ser eleito, Stabile admitiu: dizer “não” no Corinthians é uma tarefa árdua. As pressões vêm de todos os lados — conselheiros, torcedores, patrocinadores e até mesmo grupos internos com interesses próprios. Mas é exatamente essa firmeza que pode diferenciar sua gestão. Para evitar o caminho da mesmice, Stabile precisa ter coragem de rejeitar propostas populistas, contratações arriscadas e favores que comprometam ainda mais as finanças do clube.
O Corinthians enfrenta uma crise financeira grave, com dívidas acumuladas e uma reputação abalada. Gestões anteriores, marcadas por irresponsabilidade, e um conselho deliberativo muitas vezes conivente, deixaram o clube em uma situação delicada. Stabile herda um cenário onde cada decisão conta. Sua prioridade deve ser clara: recuperar a saúde financeira do Timão, começando por quitar dívidas antigas e evitar novos atrasos.
Com um mandato curto, Stabile precisa agir rápido. Uma sugestão é adotar um “fair play financeiro” por conta própria, com transparência total. A cada quinzena, ele poderia divulgar publicamente quais dívidas foram pagas e como o clube está se organizando para não criar novos débitos.
Além disso, medidas como:
• Revisão de contratos: Avaliar acordos com patrocinadores e fornecedores para garantir que sejam sustentáveis;
• Gestão enxuta: Reduzir gastos desnecessários, como contratações de alto custo sem retorno técnico;
• Engajamento com a torcida: Comunicar ações claras para reconquistar a confiança dos corintianos.
O Corinthians é maior que qualquer gestão. Apesar dos erros do passado, o clube segue forte, sustentado pela paixão de sua torcida. Osmar Stabile tem a chance de entrar para a história como o presidente que começou a virada. Mas, para isso, ele precisará de força e coragem para dizer “não” — não apenas uma, mas centenas de vezes — a tudo que ameace o futuro do Timão. E você, corintiano, confia na mudança? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe o que espera da gestão Stabile.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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