O Plano de Paz de Trump pode ter salvado Israel de um banimento no futebol europeu

Atualmente, a seleção israelense ocupa a terceira posição no Grupo 1 das eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, atrás de Noruega e Itália

  • Por Wanderley Nogueira
  • 02/10/2025 16h33
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Franck Fife/AFP A seleção de Israel saúda seus torcedores ao fim da partida contra a França A seleção de Israel saúda seus torcedores ao fim de partida contra a França

Preparem-se para um cruzamento inusitado entre geopolítica e esporte! O recente plano de paz para Gaza, anunciado pelo presidente Donald Trump, não apenas mexeu com as peças do tabuleiro político no Oriente Médio, mas também mudou o jogo no futebol europeu. A Uefa, que estava prestes a votar pela suspensão de Israel em suas competições, decidiu pausar a decisão, influenciada pelo impacto diplomático do plano americano. Vamos entender como isso aconteceu e o que está em jogo.

Nos últimos dias, a tensão estava alta nos bastidores da Uefa. Um relatório contundente da ONU contra Israel motivou uma maioria de membros da organização a planejar uma reunião de emergência para discutir a suspensão do país das competições europeias de futebol. Federações como Turquia e Noruega lideravam o movimento, apontando o precedente do banimento da Rússia, em vigor desde a invasão da Ucrânia em 2022.

A votação parecia iminente, e o clima era de confronto. Para Israel, o impacto seria enorme. Atualmente, a seleção israelense ocupa a terceira posição no Grupo 1 das eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, atrás de Noruega e Itália. Um banimento da Uefa não apenas tiraria o país das competições europeias, mas também poderia sepultar suas chances de classificação para o Mundial — um cenário que ninguém, incluindo o presidente Trump, queria ver concretizado.

Tudo mudou após uma reunião entre Trump e o primeiro-ministro de Israel. O presidente americano apresentou um ambicioso plano de paz com 20 pontos, que inclui medidas como:

  • Cessar-fogo permanente em Gaza;
  • Libertação de reféns, com o Hamas tendo 72 horas para soltar todos os cidadãos israelenses;
  • Reconstrução de Gaza, sem anexação por Israel;
  • Governo palestino transitório, supervisionado por um conselho liderado pelos Estados Unidos.

O plano ganhou apoio imediato de oito nações árabes e muçulmanas, incluindo Arábia Saudita, Egito e até mesmo a Turquia, que o classificaram como um “esforço sincero para a paz”. Esse respaldo político foi o suficiente para convencer os líderes da Uefa a repensarem seus planos. Em comunicado, a organização afirmou: “Não é o momento para a votação”. E assim, o banimento de Israel foi temporariamente suspenso.

Esse episódio mostra como o esporte, muitas vezes visto como um espaço de união, não está imune às complexidades da geopolítica. O plano de Trump, ao acenar para a estabilidade no Oriente Médio, acabou influenciando diretamente o destino de Israel no futebol europeu.

Mas será que essa pausa na votação da Uefa é um divisor de águas ou apenas um adiamento? O jornal The Times levanta a questão, sugerindo que o plano pode ser um marco histórico ou apenas uma trégua temporária. Enquanto o mundo acompanha os desdobramentos do plano de paz, os olhos dos fãs de futebol também estão voltados para o desempenho de Israel nas eliminatórias.

A suspensão da votação da Uefa dá ao país uma chance de continuar na briga pela classificação ao Mundial, mas o futuro permanece incerto.  Será que a diplomacia de Trump conseguirá manter a paz tanto no campo quanto fora dele? Esse plano de paz pode realmente transformar o cenário no Oriente Médio e no futebol?

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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