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Condenação de Lula se aproxima

Luiz inácio Lula da Silva atrás das grades - EFE

A menos de duas semanas de depor ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um dia crítico, com três más notícias: Palocci praticamente se ofereceu a fazer uma delação premiada; Lula perdeu ação em que processava Delcídio do Amaral por calúnia; e, por fim, acompanhou o depoimento avassalador de Léo Pinheiro, da OAS.

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O empreiteiro confirmou que o tríplex era mesmo da família Lula, que também havia pedido a reforma do sítio de Atibaia. Léo Pinheiro disse ainda que o ex-presidente lhe solicitou a destruição de provas.

Essa foi uma estratégia da defesa do dono da OAS de mostrar as fichas, com disparo de três petardos, antes mesmo de retomar os acordos de delação. A empreiteira oferece os depoimentos de outros executivos como meio de corroborar as alegações.

Curioso também é notar que a declaração da destruição de provas veio de pergunta da própria defesa de Lula.

Prisão ou condenação?

As provas testemunhais têm peso, mas precisam de ser confirmadas por documentos. Não ficou claro se Léo Pinheiro de fato destruiu as tais provas que ele diz ter dos repasses de João Vaccari ao PT, como teria solicitado o ex-presidente Lula.

Há evidências, no entanto, já encontradas sobre o apartamento no Guarujá: contratos adulterados, reformas feitas nos dois imóveis a pedido da família e suas notas fiscais, imagens da família Lula visitando o tríplex, entre outras.

A própria defesa de Lula sabe que os caminhos estão se estreitando. Se ficar caracterizado que houve um pedido pessoal de Lula para a destruição de provas, isso já seria motivo para a decretação de prisão preventiva, em um dos mais clássicos casos de prisão.

É improvável que Moro recorra a esse tipo de prisão, até para não inflacionar o discurso dos que apontam Lula como vítima de uma conspiração política e perseguição. Mas já há pessoas que foram presas por menos do que isso na Lava Jato.

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