Em seu segundo pronunciamento após a divulgação da delação da JBS, que motivou abertura de inquérito contra si por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, o presidente da República Michel Temer rebateu as acusações, desqualificou o delator Joesley Batista, dono da JBS que fez as gravações, e anunciou que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da investigação “até que seja verificada em definitivo a autenticidade” do áudio, que classificou como “gravação clandestina”.
O comentarista Jovem Pan Carlos Andreazza acredita que, apesar de tudo que aconteceu nos últimos dias, o presidente Temer fez bom bom discurso, o que deve garantir uma sobrevida política. “Goste ou não do Temer, do ponto de vista político o presidente fez um discurso impecável”, diz.
Na visão de Andreazza, o presidente se aproveitou de um “conjunto de lambanças” para começar a compor um enredo por meio do qual não apenas não cairá, mas ainda sairá mais forte. “Tudo ficou abafado, pois um Brasil histérico criou uma expectativa em cima do conteúdo da delação”, diz. “Considerando tudo que há, o cenário para Temer agora é favorável”.