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Coquetéis “pupotov”: a Venezuela está uma…

Manifestação na Venezuela contra o governo de Nicolás Maduro - EFE

Contra os detritos, os detritos. São os coquetéis “pupotov”, as bombas de excremento jogadas por manifestantes contra as forças de segurança chavistas na Venezuela. Fruto podre do desespero e da literal falta de recursos em um país no qual a população carece de comida, medicamentos e, como sabemos, de papel higiênico.

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Eu vacilei para falar sobre esta nova arma da oposição, pois dá uma dimensão meramente escabrosa ou folclórica sobre o que se passa no país. Os coquetéis “pupotov” são assunto cada vez mais popular nas redes sociais, transformando-se em lenda urbana.

Existem trocas de fórmulas sobre o preparo da bomba, basicamente uma mistura de água e de fezes, engarrafada em frascos de vidro. Há mensagens com detalhes escatológicos sobre a preparação.

Mais escabrosa e menos folclórica é a informação sobre o quadro de saúde na Venezuela. Após três anos sem dados oficiais, o Ministério da Saúde publicou boletim epidemiológico com as estatísticas de 2016. A revolução sanitária do chavismo é um lixo.

De acordo com o relatório, em 2016, a mortalidade infantil disparou 30%, a mortalidade materna uns 65%, e uma enfermidade erradicada há duas décadas, a difteria, reapareceu em 2016. A malária, controlada nos anos 40, é novamente endêmica e existe um avanço espetacular da zika.

E não estamos chocados, chocados. Na quinta-feira, Nicolás Maduro demitiu a ministra da Saúde que cometeu a insanidade de revelar estas cifras escabrosas sobre o estado de coma da Venezuela. Sim, o presidente que desgoverna a Venezuela com suas mãos sujas de sangue e dinheiro de caixa 2, com o qual pagou ao lulopetismo para fazer a marquetagem da campanha de  reeleição do mentor Hugo Chávez em 2012.

Deprime ir adiante no diagnóstico neste país que hoje permite metáforas com a matéria usada no coquetel “pupotov”.

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