Costa confirma que levou propina para não atrapalhar compra de Pasadena. Quem pagou? Fernando Baiano, um amigo do amigão do homem…
Em 2011, reportagem de VEJA começou a desvendar essa figura. Leio trechos:
“É um dos maiores pecuaristas do país, amigo do peito do ex-presidente Lula e especialista na arte de fazer dinheiro – inclusive em empreendimentos custeados com recursos públicos. Até o ano passado, ele tinha trânsito livre no Palácio do Planalto e gozava de um privilégio sonegado à maioria dos ministros: acesso irrestrito ao gabinete presidencial. Essa aproximação excepcional com o poder credenciou o pecuarista a realizar algumas missões oficiais importantes. Ele foi encarregado, por exemplo, de montar um consórcio de empresas para disputar o leilão de construção da hidrelétrica de Belo Monte, uma obra prioritária do governo federal, orçada em 25 bilhões de reais. (…)
Seus filhos também se tornaram amigos dos filhos de Lula. Amizade daquelas que dispensam formalidades, como avisar antes de uma visita, mesmo se a visita for ao local de trabalho. Em 2008, após saber que o serviço de segurança impusera dificuldades à entrada do pecuarista no Planalto, o presidente Lula ordenou que fosse fixado um cartaz com a foto de Bumlai na recepção do palácio para que o constrangimento não se repetisse. O pecuarista, dizia o cartaz com timbre do Gabinete de Segurança Institucional, estava autorizado a entrar “em qualquer tempo e qualquer circunstância”.
Há mais coisas sobre o homem. Vejam lá depois. Empreiteiras reclamavam, por exemplo, de suas intromissões na… Petrobras.
Mas voltemos a Costa. Segundo seu depoimento, quem apareceu com o negócio de Pasadena foi Nestor Cerveró, e o que se comentava é que a propina, possivelmente paga pela Astra, a empresa belga que era dona da refinaria, foi de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões.
Costa dá a entender que os que conheciam o assunto sabiam ser um mau negócio, mas aprovado pelo Conselho de Administração — presidido à época pela então ministra Dilma Rousseff — e também pela diretoria. O presidente da empresa era José Sérgio Gabrielli. Segundo disse, as obras de adequação da refinaria ficaram a cargo do petista Renato Duque, que seria o arrecadador das propinas do PT. Ele, então, escolheu para o serviço a Odebrecht e a UTC Engenharia, ambas investigadas na Operação Lava-Jato.
Sei não… Mas é possível que a importância de Fenando Baiano ainda cresça nessa narrativa.
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