Michel Temer reuniu neste domingo (25) ministros e líderes para discutir o arquivamento da denúncia contra si que deve ser apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot nesta semana.
Diferente da linha que traçaram algumas publicações nesta segunda (26), no entanto, eles não estão inseguros sobre a obtenção de 172 votos para garantir que o presidente permaneça no cargo.
Na verdade, abre-se o balcão de negociação no varejo. Por mais que o presidente esteja encalacrado, 172 votos é relativamente fácil de se obter com a base fisiológica, que justificaria à base não ter encontrado base na denúncia.
Os deputados querem, isso sim, sugar ao máximo um governo que está na berlinda, com tudo o que se pode obter de emendas, cargos, o contraponto para ajudá-los na tentativa de reeleição. Hoje o governo ainda consegue obter 172 votos, a não ser que a denúncia traga alguma nova acusação mais forte.
A defesa de Temer também participou da reunião de domingo e ficou de mandar memorial específico para os deputados, a fim de que eles possam justificar a seus eleitores e na tribuna o fato de votar a favor do presidente.
O texto para os parlamentares é diferente da peça que será apresentada ao Supremo Tribunal Federal, algo mais jurídico.
Já o argumento político principal será a de que o procurador-geral promove uma “perseguição” contra Michel Temer.