Dilma se reúne com peemedebistas no Jaburu; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2014 11h28

Reinaldo, que história é essa do trânsito que o PT promove entre a cadeia e o poder e o poder e a cadeia?

Explico. Olá, internautas e amigos da Jovem Pan.

Não posso fazer nada, enquanto eles não pararem de cometer ilegalidades eu não paro de acusá-las. Eles fazem aquilo que não deveria ser o trabalho deles e eu faço aquele que deve ser o meu trabalho.

Reportagem da Folha de hoje relata a natureza da conversa que manteve a presidente Dilma Rousseff, na noite de terça-feira, com dirigentes, parlamentares e governadores do PMDB durante jantar no Palácio do Jaburu, sede da vice-presidência da República.

Sim, ouvintes, trata-se de um prédio público sustentado com o nosso dinheiro. Petistas e não petistas pagam as contas do Jaburu. Eleitores e não eleitores de Dilma arcam com os custos. Dilma deixou claro, por exemplo, para que serve a candidatura do peemedebista Paulo Skaf, em São Paulo.

Disse: “Temos duas candidaturas, uma que é a do ex-ministro Alexandre Padilha e o Skaf, acredito que é essa a fórmula do segundo turno. Quero enfatizar esse fato: a gente não pode ser ingênuo e não perceber o que significa uma derrota dos tucanos em São Paulo, sendo bem clara”.

Convenham, ela estava sendo claríssima. E praticando ilegalidades também, estava usando o dinheiro público, a estrutura do Jaburu para convocar seus aliados para uma guerra contra um governador da oposição.

Mas nada fala tanto sobre o PT de hoje em dia como a declaração de apreço que Dilma fez pelo senador Jarde Barbalho do PMDB do Pará. Disse ela: “Tenho um grande respeito pelo Jader Barbalho, acredito hoje que o Jader tem muita sorte. Tem um filho que pode continuar a caminhada dele”. Ela estava se referindo à candidatura de Hélder Barbalho ao governo do Estado.

Em 2002, Jader chegou a ser preso pela Polícia Federal junto com outras dez pessoas, todas acusadas de envolvimento no escândalo da extinta Sudam, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. No dia 04 de Outubro do ano anterior, tinha renunciado ao mandato de senador, não resistindo a uma chuva de acusações como desvio de recursos do BanPará e emissão fraudulenta de títulos da dívida agrária. Mais tarde teve de renunciar também à função de deputado. Mas sabem como é, Dilma é dona do seu respeito.

Nesta quarta, a presidente participou de um evento comemorando os dez anos do programa Brasil Sorridente. O ato se deu lá em São Bernardo, terra do petismo. O atual ministro da Saúde, Arthur Chioro, estava presente. Ocorre que o ex também estava, Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Mais uma vez o dinheiro público financiava festa e era posto a serviço de um candidato.

Indagado sobre sua aliança com Paulo Maluf, se tiraria uma foto ao lado do deputado, Padilha afirmou: “Vai ter uma foto muito bonita com o PP. E quem devem estar tristes são aqueles que queriam o PP junto”.

Entendo, além de certos hábitos, Maluf tem em comum com Jader o fato de também ter sido preso pela Polícia Federal em 2005. O PT mesmo é um portento, quando não contribuí para levar as pessoas da cadeia para o poder, seus homens fortes acabam indo do poder para a cadeia. Desse jeito, o Planalto ainda acaba não se diferenciando da Papuda.

 

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