Escândalo da Petrobras “esquenta”; saiba mais

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2014 11h23

Reinaldo, muita gente apostou que o caso da Petrobras iria esfriar. Esfriou?

Que nada, esquentou, está é pelando. E agora os emissários do governo resolveram fazer um pouco de terrorismo para assustar os parlamentares. Olá amigos e internautas da Jovem Pan.

A primeira preocupação do governo é Nestor Cerveró, presidente da área internacional da Petrobras quando a empresa brasileira comprou a refinaria de Pasadena em 2006. Ele teria feito um memorial executivo recomendando a compra em parceria com Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento e refino até o ano retrasado. É aquele sujeito que está preso acusado de se envolver com lavagem de dinheiro, já falo a respeito dele.

Muito bem. Oito ano depois da compra de Pasadena, Dilma jogou toda a responsabilidade nas costas de Cerveró e o demitiu de maneira humilhante, pela imprensa, da direção financeira da BR Distribuidora, cargo que ele ocupava agora. O homem teria emitido sinais a parlamentares da oposição de que está disposto a falar ao Congresso. Esse não é o único fio desencapado.

O outro, como disse, atende pelo nome de Paulo Roberto Costa, cuja prisão passou ontem de temporária para preventiva. Numa eventual CPI da Petrobras, que o governo tenta evitar a todo custo, ele seria certamente uma das principais personagens. Costa fez com Cerveró, a quatro mãos, o documento que recomendou a compra de Pasadena, omitindo as cláusulas que geraram prejuízo à Petrobras de 1,18 bilhão de dólares.

Mas está mais enrolado do que isso. Segundo a PF, ele era um dos parceiros do doleiro Alberto Yousseff, principal personagem da operação “Lava Jato”. A PF acredita que Yousseff pagou a Costa 7,9 milhões de reais em propina relacionada à refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. É aquele empreendimento que a Petrobras deveria tocar em parceria com a PDVeza, da Venezuela, e que na prática caiu inteiro no seu colo.

Até aí vá lá. Ocorre que ela foi orçada em 2,5 bilhões de dólares e hoje estima-se que não saia por menos de 20 bilhões. Nos bastidores, emissários do Planalto falam em terrorismo. A mensagem é a seguinte: se o ex-diretor falar pode ser ruim para todo mundo. Escolham o que vocês acham que poderia render uma CPI da Petrobras.

Prejuízo de 1,18 bilhão de dólares na compra de uma reginaria nos Estados Unidos sim, tem isso. O confisco de duas refinarias da Petrobras por Evo Morales, aliado dos petistas, tem isso também. Um refinaria orçada em 2,5 bilhões de dólares, que já está custando 20 bilhões de dólares, ora, é claro que tem. Atraso de quatro anos na construção de um complexo petroquímico no Rio, cujo custo já saltou de 19 bilhões de reais para 26,6 bilhões de reais, é só pedir. Negócios suspeitos com empresa de plataforma holandesa, a Petrobras pode fornecer também esse produto.

A maior empresa brasileira se transformou na Casa da Mãe Joana. Hoje já não cabe mais a campanha “O Petróleo é Nosso”. Hoje é preciso lançar a campanha “A Petrobras é Nossa”, antes que o PT acabe com ela. A gestão do partido já torrou mais de 200 bilhões de reais de seu valor de mercado. A parte que sobrou já é menos da metade, vamos correr enquanto é tempo.

 

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