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Falta motivação política para acudir quem passa frio nas ruas de SP

Moradores de rua enfrentam madrugada mais fria em 12 anos em São Paulo

Joseval Peixoto comenta uma matéria da Folha de S. Paulo que constrange São Paulo: moradores de rua seguem órfãos sob Haddad.

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Censo de 2015 mostra que há mais de 15 mil moradores de rua em São Paulo e apenas 8 mil abrigados. O número é parecido com o índice do tempo de Kassab.

Há o relato de um homem que diz que o frio está tanto que não pode abrir ou fechar a mão. Quem recorre aos abrigos é obrigado a sair correndo às 6h. Às vezes a Assistência Social leva as pessoas a um bairro distante da cidade e o abrigo não existe. Os abrigos também não oferecem lugares para famílias e para as carrocinhas ou os aninmais.

Os albergues são fedidos, a comida é pouca e ainda a pessoa corre o risco de pegar uma tuberculose, relatam os frequentadores.

O que falta é um projeto histórico de governo, uma vontade política de governo. Foram até agora cinco mortes nesse frio de outono.

Seria bom para São Paulo o acolhimento de todo esse pessoal, quem sabe com a possibilidade de restaurar alguns deles para a vida formal.

A resignação poética de adoniran Barbosa, de que “Deus dá o frio conforme o cobertor”, tem que ficar na poesia. 

O que se precisa é de coragem e motivação política para acudir essa gente. São mais de 10 mil pessoas abandonadas pelo centro da cidade.

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