Governo petista do Acre envia haitianos para São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2014 11h48

Reinaldo, quer dizer que o governo petista do Acre resolveu se livrar de parte dos haitianos que migraram para o estado, os enviando para São Paulo?

É o fim da picada, vamos entender o rolo. Há três anos já, o Acre tem recebido uma boa leva de imigrantes haitianos. Eles chegam pelo Peru e a Bolívia e depois se instalam em território brasileiro. Nesse tempo o Governo Federal, e imigração é um problema Federal, não moveu uma palha nem para impedir a entrada ilegal de haitianos, nem para alojá-los ou lhes arrumar emprego. Mas estimula a entrada ilegal ao regularizar a situação e anunciar ao mundo que eles são bem-vindos.

Mais do que isso, os petistas passaram a anunciar que a chegada desses haitianos era uma evidência da pujância do Brasil. O assunto até foi tema de redação do Enem em 2012. A tese era a seguinte: Antes, o Brasil era pobre e expulsava mão de obra. Agora, na gestão do PT, é rica e atrai mão de obra. O governo brasileiro, de resto, é um crítico de países que criam dificuldades para a entrada ilegal de imigrantes.

Resultado: há uma explosão de haitianos no Acre, governado pelo petista Tião Viana, especialmente na cidade de Brasileia. Vivem em condições miseráveis e em acampamentos imundos. O governo Dilma não faz nada.

Tião Viana, seu aliado partidário, teve uma ideia: “Ah, vamos mandá-los para São Paulo”. E foi o que fez, fechou os abrigos de Brasileia e despachou os imigrantes, sem nem mesmo um comunicado prévio ao governo de São Paulo, que se indignou com essa postura.

Nilson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, resolveu dar uma de cínico, afirmando que não entende a postura do governo paulista. Referindo-se aos haitianos, afirmou: “Eles não ficam aqui, é apenas uma porta de entrada, a maioria segue viagem rumo ao sul do país. Nós chegamos no limite, a cidade de Brasileia, de 10 mil habitantes, está com 20% da sua população formada por imigrantes”.

Segundo Mourão, o Estado de São Paulo, o mais rico da Federação, como ele chamou, tem total condição de abrigar os 400 haitianos que acabaram de chegar.

Ora vejam, o governo do PT decide aplicar uma política de “portas abertas” a todo e qualquer imigração ilegal, basta ir chegando. Não só pratica isso como alardeia seu mal feito. Não contente, ainda se orgulha dele e o transforma em teoria, e até em tema de redação do Enem. E depois joga a batata quente no colo alheio.

A secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Heloísa Arruda, classificou a atitude do Governo do Acre de “irresponsável” e se disse indignada. E está certa. Agora pensem um pouquinho ouvintes: Imagine se é o Governo de São Paulo a agir dessa maneira. Imagine se Geraldo Alckmin resolvesse lotar alguns ônibus, com nigerianos por exemplo, e enviá-los a estados administrados pelo PT.

A esta altura, as milícias petistas das redes sociais o estariam taxando de racista, de de higienista e de fascista. Quando, no entanto, um governo petista envia imigrantes que ele próprio recebeu a outro estado, como se fosse uma leva de gado, aí não. Aí se trata de política humanista. Tenham paciência.

E o que fez até agora o Ministério da Justiça de José Eduardo Cardozo, a quem compete cuidar do assunto? Nada. Se Dilma quisesse que a pasta funcionasse não teria escolhido Cardozo para cuidar dela. Só gente ocupada tem tempo de fazer o que deve.

 

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